Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  80 / 184 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 80 / 184 Next Page
Page Background

de dar destinação correta aos resíduos sólidos pro-

duzidos. Com a nova lei, a tendência é aumentar a

demanda por atalhos e sistemas para logística reversa,

pois 67% das embalagens que consumimos são fei-

tas de plástico, metal ou vidro, que, em geral, são

mais persistentes no meio ambiente, como indica

o gráfico ao lado.

Recentemente, o Brasil atingiu a marca de 331

mil toneladas de embalagens PET recicladas, o que

representa a reciclagem de 59% dos PET consumi-

dos no país. Esse índice coloca o país à frente dos

Estados Unidos, commédia semelhante à europeia,

onde a reciclagem das embalagens PET é uma das

mais avançadas.

No entanto, a coleta seletiva dos PET ainda é um

bom desafio para o setor, que pode provocar a escas-

sez de matéria-prima para o sistema de reciclagem

já implantado e, consequentemente, gerar uma

ociosidade de até 30% nas recicladoras — conforme

dados do 9º Censo da Reciclagem do PET no Brasil,

realizado pela Associação Brasileira da Indústria do

PET (Abipet). O assunto foi destaque no jornal

DCI

do dia 27 de junho de 2013, que publicou a reporta-

gem “Brasil conseguiu reciclar 59% das embalagens

PET em 2012”.

A experiência acumulada pelo Sistema Campo

Limpo, criando soluções de logística reversa e desen-

volvendo uma cultura de gestão compartilhada em

cadeia produtiva, também pode ser fator de contri-

buição estratégica para uma política nacional de

resíduos sólidos. Afinal, eficiência também é resul-

tado do volume de conhecimento aplicado por pro-

cesso estruturado.

O Brasil construiu ummodelo de agrossociedade,

peculiar e de sabor tropical, em que o campo e a urba-

nidade fazem um híbrido de várias dimensões — do

econômico ao social, cultural e simbólico. E, nesse

caldeirão bem-sucedido da agrossociedade, certa-

mente há um espaço especial para a convergência

e sinergia do saber rural e urbano.

Coriolano Xavier

Professor no núcleo de estudos do agronegócio da ESPM, membro

do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), sócio-

diretor da MCA – Marketing & Comunicação e da Biomarketing

EMBALAGENS:

SEGMENTAÇÃO POR

TIPO DE MATÉRIA-PRIMA

RECOLHIMENTO DE

EMBALAGENS VAZIAS DE

DEFENSIVOS NO MUNDO

Participação de cada segmento na indústria de embalagem

Fonte:

LVBA/ inpEV

Fonte:

IBGE

Metal

26,6%

Madeira

1,8%

Papel,

papelão

ecartão

33,2%

Plástico

29,7%

Vidro

8,7%

Brasil

Canadá

Polônia

Japão

França

Espanha

Alemanha

Austrália

EUA

94%

77% 73% 70% 68% 67%

50% 50%

33%

Benchmark

Revista da ESPM

|março/abril de 2014

80