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janeiro/fevereirode2014|

RevistadaESPM

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Boicote-Boticário), contra o consumismo emgeral (www.

facebook.com/BoicoteOConsumismo). Tambémé possí-

vel encontrar sitesmais estruturados originados da orga-

nização da sociedade civil que acabaramdando origem

a órgãos ou associações civis que cuidamde denunciar

e fiscalizar as empresas. Os exemplos mais significati-

vos são o site Reclameaqui

(www.reclameaqui.com.br

) e

o recente BoicotaSP

(www.boicotasp.com)

.

Essas reações dos consumidores no ambiente digi-

tal colecionam resultados efetivos na pressão exercida

junto às empresas, no âmbito do coletivo e da atuação

da empresa na sociedade. Alguns casos recentes ilus-

tram esses movimentos. Em agosto de 2011, após cres-

centes denúncias do público pelo meio digital, a rede

de lojas multinacional Zara foi autuada peloMinistério

do Trabalho e Emprego (MTE) em 48 infrações — entre

elas, superexploração dos empregados, uso de mão de

obra de menores de 16 anos e discriminação étnica. De

acordo coma análise dos auditores, ficou claro que o tra-

tamento dispensado aos indígenas quéchua e aimará,

contratados pela rede, era indigno, caracterizado por

jornadas extenuantes e ambiente de trabalho degra-

dante, em comparação com os funcionários brasilei-

ros — conforme descrição feita no relatório de autua-

ção publicado no

Diário Oficial

de 16 de agosto de 2011.

A marca nacional de calçados e acessórios Arezzo é

outro exemplo. Na primeira quinzena do mês de abril,

também de 2011, a empresa lançou uma coleção com o

título de PeleMania, que tinha como destaque o uso de

peles de raposa e coelho na confecção de sapatos, bol-

sas e echarpes. Mais uma vez, as redes sociais no meio

digital demonstraram ser um canal rápido para convo-

car um boicote contra a marca. No Facebook foi criada

a página “Boicote Arezzo”. No dia 18 de abril, a marca

Nas redes sociais, são frequentes os depoimentos e denúncias de cidadãos

comuns contra as empresas, pelosmais diferentesmotivos que

apresentam, desde uma insatisfação particular e pontual até delações

sobre exploração demão de obra ou trabalho escravo

Emagosto de 2011, a

Zara foi autuada pelo

Ministério do Trabalho

e Emprego (MTE) em

48 infrações – entre

elas, superexploração

de empregados, uso

demão de obra de

menores de 16 anos e

discriminação étnica.

As denúncias foram

feitaspelos internautas

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