janeiro/fevereirode2014|
RevistadaESPM
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e, principalmente, pessoas físicas comuns (e outras nem
tanto, comoodiretor eprodutorStevenSoderbergh). Esses
“doadores” obtêmreciprocidade na divisão dos lucros ou
recebem outras formas de pagamento, como produtos
autografados ou um jantar como diretor do filme. Exem-
plo disso foi o filme
Veronica Mars: A jovem espiã
, longa-
-metrageminteiramentefinanciadopor fãsda sériedeTV
homônima, que será lançado no dia 14 demarço de 2014.
Segundoos sites
Kickstarer, Catarse
e
Cineasta.cc
, acampa-
nhadearrecadaçãona internet rendeuomontantedeUS$
5,7milhões, paraodiretorRobThomas, que, emmarçodo
ano passado se uniu à atriz Kristen Bell, protagonista do
seriado americano — que foi exibido entre 2004 e 2007 —,
para lançar a tal campanha. Emapenas quatrohoras, eles
receberamUS$ 1 milhão em doações — metade da meta
inicial que havia sido estipulada por Thomas. O sucesso
da açãode
crowdfunding
motivououtros produtores, dire-
tores e atores a procurar essa forma de financiamento.
Independentemente das críticas a respeito desse tipo
de financiamento (pois existemriscos para os pequenos
investidores e, às vezes, por seremmilhares de doadores,
há dificuldade para citá-los no final do filme), esse novo
formato permite ao público ter acesso afilmes diferentes
daqueles feitos pelas grandes produtoras, sempre preo-
cupadas com a Taxa Interna de Retorno (TIR) e outros
indicadores econômicos financeiros emdetrimento da
disseminação cultural que umfilme pode gerar.
O caminho de uma obra
De olho nos resultados financeiros, no merchandising
e no mercado de vídeo e redes de tevê, os empresários
da indústria cinematográfica americana focalizamseus
esforços no lançamento dos filmes em outros países.
Deixamde lado os filmes de arte, que necessitamde um
trabalho todo especial e representam menos de 1% do
faturamento do cinema mundial, para priorizarem as
Apesar de seu heroísmo e seus efeitos especiais,
John Carter – Entre doismundos
se transformou emumgrande
desastre de bilheteria. Lançada em2012, a produção, de US$ 200milhões, faturou bemmenos que o esperado,
mas nempor isso levou o estúdio da Disney à falência
divulgação