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janeiro/fevereirode2014|

RevistadaESPM

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Comecemospelopior, aquelequeé certamenteomaior

problema social brasileiro. Onosso desrespeito pela vida

é algo que espanta omundo. Chega a ser impressionante

a facilidade comque se sacauma arma e sepuxa o gatilho

paramatar. Éumgraudeviolência injustificado, selvagem,

irracional. Fizemos um Estatuto do Desarmamento que

se tornou a leimenos levada a sério nas últimas décadas,

comas armasfluindoabundantes paraos bandidos. Esta-

tísticas apontampara o dobro de crimes violentos do que

a Organização das Nações Unidas (ONU) considera situ-

ação de virtual guerra civil. A queda da violência, aqui e

acolá, se faz mais pela externalização dos problemas do

que por sua solução.

E não há como falar em criminalidade sem constatar

o outro lado, que é a crueldade e o desleixo comque trata-

mososquecometeramcrimespeloestadodesuperlotação,

degradaçãomaterial edesorganizaçãodospresídios. Con-

trapomosaodesprezopeloquesepassanospresídiosaleni-

êncianaexecuçãodepenas.Umparadoxoaparentemente,

masasprisõessãotãomonstruosasquecorrentesjurídicas

construírama teoriadeque o ideal énãoprender. Lugares

onde sedeveria construir a ressocializaçãodocriminoso,

reordenando suapsique, ospresídios se tornaramproces-

sos de consolidação e agravamentoda atitude criminosa.

Enãodáparaargumentarqueessaviolênciaseresumaà

marginalidade, pois, nos conflitos cotidianos, normais na

vidasocial,umestadodeexasperaçãoepassionalidadenos

colocaquasesemprenaiminênciadeagressões,apontode

fazermoscampanhaspublicitáriasparaqueaspessoas“con-

tematédez” antesdepartiremparaaviolência.

Énotórioofracassonaofertadosserviçospúblicosmais

essenciais. Ressalta a falta de constrangimento comque

Segunda fase da campanha ”Conte até 10” leva

o projeto até as escolas brasileiras. Comum

game

e uma cartilha, a iniciativa visa criar uma cultura

de paz entre adolescentes e jovens

Parado emuma avenida de SãoPaulo, motorista

de ônibus espera o fimdemais umprotestona cidade,

torcendo para que seu veículonão seja depredado ou

incendiado pelosmanifestantes

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