maio/junhode2014|
RevistadaESPM
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opera? O que vocês conseguem oferecer
hoje para o consumidor em termos de
rastreabilidade?
Rossato –
Em nossos contratos
com cada produtor, firmamos o
compromisso de atender às prerro-
gativas de não produzir em região
de Mata Atlântica. Todas as granjas
são mapeadas. Nós, praticamente,
não atuamos no mercado spot, que é
o mercado de terceiros. Toda a nossa
matéria-prima vem de produção
controlada, para as quais nós forne-
cemos a ração. Nós sabemos onde
está a granja. É tudo georreferencia-
do. Não há esse risco. Assumimos
esse compromisso perante o mer-
cado, e isso é público. Temos certo
nível de rastreabilidade, sim, e bus-
camos atender à legislação de cada
país. Na medida em que o mercado
X exige que declaremos algo, passa-
mos a declarar. Agora, é um sistema
que está em aprimoramento. Não
é um sistema estanque e estamos,
praticamente, na ponta de tudo isso.
Dubes –
O que percebe na área de agro,
em termos de perspectivas e novas neces-
sidades e exigências do consumidor?
Rossato –
O consumidor quer car-
ne mais magra, rastreabilidade,
segurança ambiental e social. E é
cada vez mais exigente. Ele real-
mente quer que a empresa atenda
a todas as questões sociais envolvi-
das. Quer empregados satisfeitos.
Para alguns mercados, o abate é
feito de acordo com rituais religio-
sos. O próprio abate
halal
(feito de
acordo com exigências islâmicas) é
focado. Nós abrimos as portas para
o mercado. Eles colocam seus ser-
vidores dentro das nossas plantas
para que haja controle, para que
participem dessa fase de produção
e se sintam confortáveis em rela-
ção ao que estão consumindo. Tra-
balhamos focados nas demandas
dos consumidores. Não se trata de
produzir e depois jogar para o mer-
cado. É o contrário.
Detentora dasmarcasPerdigão, Sadia, Batavo e Elegê, aBRF é amaior exportadoramundial de aves e uma das principais
captadoras de leite e processadora de lácteos doBrasil. Em2013, a companhia lançou219 produtos