entrevista | Paulo Rossato
Revista da ESPM
|maio/junhode 2014
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tratamento. Pode ser a biodigestão,
a compostagem ou outros métodos.
Dubes –
Qual o grau de amenização de
impacto ambiental que se consegue com
essas tecnologias?
Rossato –
É de 100%. Não podemos
produzir, poluindo. O que pode ha-
ver, como em qualquer outra ativida-
de, são riscos pelo mau uso da tecno-
logia. Um exemplo: se o produtor faz
o tratamento com o biodigestor, que
é uma tecnologia considerada de
ponta, mas ao distribuir o dejeto já
tratado na sua lavoura o concentra,
está impactando o meio ambiente.
Existe ummodo de operar que preci-
sa ser atendido. Por acidente, o pro-
dutor está sujeito a riscos. Mas toda
a nossa atividade licenciada tem um
procedimento a ser seguido. Esse é o
nosso desafio, fazer com que o pro-
dutor realmente cumpra o que está
estabelecido nas cartilhas.
Dubes –
Levando-se em conta que
a companhia tem em grãos alguns
de seus principais insumos, como a
empresa encara o debate sobre os
transgênicos?
Ros sato –
É um assunto sério.
Acompanhamos as pesquisas em
nível mundial. Mas o que tentamos
fazer é atender ao desejo dos consu-
midores. É assim que vamos tratar
o assunto, sempre na produção. Se
o consumidor não quer produtos
transgênicos, é assim que vamos
produzir. E ponto.
Dubes –
A briga por espaço no merca-
do internacional leva cada vez mais em
conta a preocupação com a sustentabi-
lidade. Já se fala, em algumas áreas, na
possibilidade de rastreabilidade. Um
exemplo. Muitos consumidores, em es-
pecial na Europa e em outros países de-
senvolvidos, querem ter a certeza de que
a carne que estão consumindo não foi
produzida em condições que agridem
o meio ambiente. A rastreabilidade já é
realidade nos mercados em que a BRF
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