Revista da ESPM
|maio/junhode 2014
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desempenho
climáticas? Ou será que estamos sob influência de um
fenômeno sociopolítico ainda não identificado?
Até no esporte estamos num viés de baixa: a Copa do
Mundo, idealizada para ser fonte de lazer e de receitas
como turismo, virou ummotivo de protestos populares,
e só o Felipão pode nos salvar. O governo federal recebe
cartões amarelos todososdiasnos camposda segurança,
saúde e educação.
No campo rural, que é a minha praia, já deixou de ser
moda dizer que o Brasil é um país essencialmente agrí-
cola, mas é justamente aí que o carro pega: o que seria de
nosso país sema contribuição do setor rural?
Desde o Plano Real, e lá se vão 20 anos, os indicadores
econômicosconfirmamqueoBrasilnãoestariabemsemos
excelentesrendimentosnalavouraenapecuária.Trata-sede
umaconquistaquesedevetantoàcrençadosagricultoresna
suaatividadequantoaosuportedapesquisaedaassistência
técnica, ambasoferecidaspelaEmbrapaeumaampla rede
privadade interessesassociadosàsatividades rurais.
Invertendo a questão, cabe perguntar: como seria
o Brasil se os outros setores da economia tivessem o
desempenho do nosso agro?
Vamoscombinarqueéumaperguntapertinente.Afinal,
o agro é o único segmento da nossa economia a manter
indicadores positivos ao longo dos últimos anos.
Sepoderiadizer atéque a agropecuária virouamenina
dos olhos do governo (mas sejamos sinceros, a menina
ainda é a Petrobras).
É certo que não falta crédito, que a rede de pesquisa é
Até no esporte estamos numviés de baixa: a Copa
doMundo viroumotivo de protestos populares, como
governo federal recebendo cartões amarelos todos os dias
nos campos da segurança, saúde e educação
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