setembro/outubrode2014|
RevistadaESPM
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exageradas. Muitos imaginam que os experimentos
do Google nessa técnica
driverless
estarão disponíveis
nas lojas no próximomês. Pura expectativa exagerada.
Os usos amplos e irrestritos dos bitcoins, por exemplo,
estão empleno vale da desilusão, commuita gente con-
siderando que foi tudo emvão comamoeda eletrônica.
Outros experimentos bem concretos de realidade vir-
tual — por exemplo, as análises por imagem — já estão
em pleno aclive do esclarecimento. Outras técnicas já
estão em pleno platô de produtividade: pense na segu-
rança do cartão de crédito comchip, semassinatura. Foi
um longo caminho desde que a tecnologia do cartão de
crédito começou naquelas “maquininhas” que reimpri-
miam os números do cartão por papel-carbono.
Umpouco de ponderação nesse processo de absorção
de tecnologia não farámal a ninguém. A relação entre a
realidade virtual e omundodo trabalho tambémcumpre
suas fases, complementa ciclos e integra um processo.
Sónão é possível negar sua existência. A “tempestade da
internet” é um fato. E sobre ele pouco adianta uma dis-
cussão moral. Terremotos não admitem debate moral,
não são justos ou injustos, bons oumaus. São só terremo-
tos que devem ser enfrentados comatenção aos sinais.
Avanço tecnológico é um pouco isso. Portanto, prestar
atenção à nova tecnologia é apenas conviver com um
alerta. E alertas não fazem mal a ninguém. A não ser
quando não são percebidos.
Leonardo Trevisan
Graduado em história, mestre em história econômica,
doutor em ciência política, jornalista e professor da ESPM
As tarefas de ator (de publicidade ou teatro) oude
engenheiro apresentambaixo risco de computadorização,
embora os cientistas japoneses já tenhamapresentado
uma orquestra formada por robôs
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