setembro/outubrode2014|
RevistadaESPM
117
O
mobile
marketing
precisademaisarrozcom
feijãoemenosespuma
Por Arnaldo Comin
Foto: Divulgação
A
entrevista a seguir como diretor-executivo daMobileMarketing Association para a
AméricaLatina, FabianoDestri Lobo, éumretratofiel domundo interconectadoem
que vivemos. Agendada por e-mail, começou com um encontro pessoal no fórum
HappyMobile Days
, realizado nofimde setembro, emSão Paulo. O registro da grava-
ção foi feito emtablet, usandoumaplicativopagode ediçãode áudio.
Por limitação de tempo, nosso papo foi interrompido e reagendado para o dia seguinte. Após
troca de SMS emensagens porWhatsApp, terminou emuma conversa por celular, gravada em
aplicativo grátis que armazena as ligações em nuvem. Tudo em troca de algumas mensagens
de patrocinadores na tela do smartphone. “O consumidor é móvel, por isso importa cada vez
menos o que a marca pensa e sim o que as pessoas precisam”, resume o executivo. A falta de
visão clara do comportamento dos usuários tem feito, na opinião de Lobo, com que uma in-
finidade de funcionalidades simples sejam ignoradas pelos grandes anunciantes, tornando o
mobile
marketingmenos eficiente do que poderia.
Para as marcas, o desafio é se tornar relevante no dia a dia das pessoas, pensando o
mobile
marketing não como uma mídia em si, mas como camada que permeia os outros canais de co-
municação. “Os anunciantes gastammilhões emuma campanha de TVe não se dão ao trabalho
de fazerumsitededicadodedivulgaçãonocelular. Temosdecomeçarpelobásico”, enfatizaLobo.
Mesmo não explorado como deveria, o
mobile
marketing cresce rapidamente no Brasil e tem
como grande trunfo o fato de que, hoje, o principal ponto de acesso à internet para a maioria da
população aconteça por meio de dispositivos móveis. Sete em cada dez aparelhos vendidos no
país já são smartphones, e será uma questão de tempo para que os mais de 50 milhões de brasi-
leiros que já experimentaramo comércio eletrônicopassema comprar diretamente pelo celular.
Lobo acredita que a brincadeira está apenas começando. “Nós ainda pensamos em
mobile
como smartphone e tablet. Quando nossos relógios, roupas, carros e casas estiverem conecta-
dos, aí teremos omomento da virada.”