Maio_2010 - page 23

maio
/
junho
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
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daRepública com relação àpequena empresa; se
for algo fundamentadonopassadoenos estudos
técnicosdaReceitaFederal,não farãonada.Estou
propondoumainiciativadentrodoPSDB.Jáomeu
sucessor no SEBRAE, Paulo Camoto, disse que
propôsaoprogramadegovernodaDilmaRussef
quefossecriadooMinistériodaPequenaEmpresa.
Não concordo, não há nenhuma lógica nisso. O
importanteéqueogovernodêosinal.AíoBanco
Centraldáosinaldataxadejuros,omercadointeiro
vai atrás e está resolvido. Não é preciso criar um
Ministério para que ele abaixe ou eleve os juros.
EsperoqueoSerra,emseuprogramadegoverno,
amplie a Lei Geral. Em São Paulo, ele fez uma
reduçãotributáriaparaaspequenasempresas,que
émaiordoquea federal. Tenhoesperançadeque
seconsigaestabelecerumcompromisso relevante
entre as quatromilhões depequenas empresas e
seusdez funcionários, que somam40milhõesde
pessoas.Esseéomomentodademocraciadireta,o
momentopré-eleitoral,quandosenegociacomseu
eleitoradooquevai fazer.
GRACIOSO
OSEBRAE,dealgunsanospara
cá, tem dado tambémmuita importância
ao apoio a cooperativas. Alémde apoiar o
pequenoempresárioindividual–principal-
mentenoNordesteenessasregiõesmenos
desenvolvidas–elesestimulamauniãodas
pessoasdeumapequenaviladepescadores
em torno da criação de camarões, coisas
desse tipo.
SILVANO
– Separando em doismodelos: um é
o das cooperativas que têm pouco da empresa e
muito do associativismo, essa é uma vertente; a
outraqueenfatizei, naminhagestão, vai alémdo
cooperativismoequeéumadas linhasdetrabalho
doSEBRAE:oquechamamosde“arranjosproduti-
vos”,ouseja,juntarpessoasparaqueelasconsigam
produzirmais,melhoretervisibilidadenomercado.
Édiferentedacooperativa.
GRACIOSO
Temosalunosquetodoanovão
para essas regiões perdidas trabalhar com
essascomunidadescriandomarcas,sistemas
depromoção,decontrolefinanceiroevoltam
maravilhadoscomareceptividadedeles.
SILVANO
–E como resultado, queémuitobom.
Outrodia tiveoprazerdeencontrarnoaeroporto
umalojaderendasdointerior,achoquedaParaíba,
aFátimaRendas.Essalojaéumarranjoprodutivodo
SEBRAEedaminhagestão.Euosvisitei;éumgru-
podepessoasquefazotrabalhodeformaassociada.
Antes,alojadessamoçaqueconhecieraumarranjo
produtivoatéhumilde, de rendas, umnegóciode
poucovaloragregado.Hojetemlojasemdoisaero-
portoseumnegócioquevocêvêcrescer.Portanto,
osseusalunosquevão lá levamoconhecimentoe
trazemasatisfaçãode teremcontribuídoparaalgo
viável,queéoarranjoprodutivo.OSEBRAEdeveria
abrirespaçoparaqueasoutrasorganizações,como
a suaEscola, pudessemparticipardesses eventos,
que fazem crescer o capital humano. Como se
poderiapretenderquearendeirado interiordaPa-
raíbativessealgumanoçãodemarketing,finanças,
organizaçãoougestãodeempresa?Épreciso levar
conhecimentoparaessepessoalporque issoépro-
dutivo.NaItáliatemmuitodisso,émaisdoqueuma
indução,éumsubsídio.Elestêmapoioparafazeras
coisas.Ogovernoinvestenapromoçãodeprodutos
comarranjoprodutivodepequenasempresas.Em
Bérgamo,elesfaziamtalhereseaproduçãocomeçou
asofreraconcorrênciadostalheresfeitosnaChina.
Pormais que o design italiano seja reconhecido,
nãodáparafazerumgarfodiferentedotradicional.
Então todoo investimento era focado emdesign,
embalagem,marca,marketing.Eogovernoitaliano
pagavaapublicidadeeomarketingparaevitarque
elesperdessemmercado.
NAJJAR
–Eparamanterosempregos.
SILVANO
– Pois é. Estamosmuito longe disso.
O governo está distante da pequena empresa.
Hácincoanos,não sabianemqueelaexistia,não
tinha ideiadeque issoeraumsetor importantena
economia.Nolugardeficardandodinheiro,Bolsas
Família, vamosdar capacidadeàspessoasdeem-
preenderem;émelhor,maisbaratoepermanente.
GRACIOSO
Olhandoparao futuro, oque
pode acontecer, caso essa tendência à
concentraçãodenegócios se torne cada
vezmais forte, comasgrandesempresas
comprandoumasasoutrasese tornando
S i l v a n o G i a n n i
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