Marco_2009 - page 63

Esqueçamo-nosporuminstantedotermômetro
deretraçãodoconsumodestesúltimosmesese
concentremo-nos,sobretudo,emumcenáriode
longoprazo
quenospermitaenxergaralgumasáreas
deoportunidade comuma região (EUA, Canadá e
México), cujas economias somadas representam
aproximadamente30%doPIBglobal.
No que diz respeito ao Canadá (mais
de 33 milhões de habitantes), seria
inadequado não mencionar como
oportunidade omulticulturalismo
(tornou-sepolíticaoficialem1971),
queremontaao iníciodesuahistó-
riaequeassociadoaocontínuoflu-
xo imigratório gera alternativas de
produtoseserviçosqueatendemaos
“nouveaux arrivants” e que trazem
consigo a disposição e a necessidade
de consumir e de se instalar. Diversos
são os grupos de novos consumidores, e
apenasparacitaralgunsdosmaisrelevantes,men-
cionemos os gregos, os ucranianos, os alemães, os
poloneses, os italianos, osholandeses, os chineses
esul-asiáticos,alémdosportugueses,escandinavos,
caribenhos, entre outros. Tal diversidade pode ser
tratadacomoumavantagemcompetitiva tantono
mercado interno quanto internacional. De acor-
do com os dados do Departamento de Herança
Canadense, apenas em 1988, eles contribuíram
para injetar 6 bilhões de dólares em uma econo-
mia também diversificada. Posta assim a questão,
Québec eOntário, alémde elo entre as Províncias
Atlânticas e Centrais, concentram as principais
indústrias do país, ao passo que a rica Alberta
do PrimeiroMinistro StephenHarper, destaca-se
pela importância estratégica no setor petrolífero.
Oportunose tornadizerqueopaís tambéméuma
referência na exploração terrestre “onshor” e pro-
duzindomais de 3milhões de barris diariamente.
Oportunidadescom
Convémponderar que, nãoobstante àsdiferenças
em relação às atividades de exploração “offshor”
e o destaque do pré-sal noBrasil, há importantes
camposterrestresnasregiõesbrasileirasdoEspírito
Santo,Norte eNordestequedespertam interesses
comerciais de cooperaçãobilateral, estendendo-se
ao setor energético. Ainda no que tange à relação
Brasil-Canadá,outrasoportunidadesemergemdos
setoresacadêmicos,meioambiente,ciênciaetecno-
logia. Só na área de Pesquisa e Desenvolvimento,
conforme divulgado pela “Canada Foundation
for Innovation”, já foram investidosmais de $3,8
bilhõesparafinanciamentodepesquisas em in-
fraestruturadesde1997.Conformerecente
palestraproferidapeloCônsuldeQues-
tões Políticas e Diplomacia Pública
doCanadá, PaulBrunet, oBrasil faz
partedasparceiras estratégicasnas
Américas, ressaltandooportunida-
des ligadas ao Comércio, Gover-
nança e Segurança. Por fim, ainda
dentro do contexto canadense, na
áreadoPacífico−particularmente
Colômbia Britânica − destacam-se
oportunidades ligadas às indústrias
florestal edemineração.
Não menos relevante, o México de Felipe
Calderón é indubitavelmente um celeiro de opor-
tunidades,acomeçarpelasprojeçõesdaCepalcom
relação ao crescimentopopulacional daordemde
21%no comparativode 2005 a 2025, podendo al-
cançar129milhõesdehabitantes.De2000a2006,
apesar das disparidades quanto aoPIB
per capita
,
as classes sociais de nível socioeconômicomédio
e os mexicanos considerados como “low income
consumers” passaram em conjunto de 59% para
68%de importância,passandoa termaisacessoao
consumo. Em seu livro “TheSecondWorld –Em-
pires and Influence in the NewGlobal Order”, o
indianoParagKhanaaborda, entreoutros, operfil
políticoedíspardopaís, comoa região fronteiriça
comosEUA (negócios informais empesoedólar),
a região central da Capital Federal e a região de
Yucatán, desigual em termos de modernidade e
opressivamentepobre.Háaindauma fortedepen-
ospaísesdoNAFTA
NoBrasil, há
importantes campos
terrestresnas regiões do
EspíritoSanto,Norte e
Nordestequedespertam
interesses comerciais de
cooperaçãobilateral.
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