ELes passaram pela espm
Revista da ESPM
|março/abril de 2013
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Por Carlos Roberto F. Chueiri
Opublicitárioque
aengenharia
perdeu
PauloCésarQueiroz
|
DM9/Grupo ABC
Q
uando terminou seus estudos na fase pré-
universitária, em 1979, no conceituado Co-
légio Santa Terezinha, em São Paulo, Paulo
César Queiroz estava afiadíssimo na área de
exatas. Seus planos o encaminhavam para o vestibular
de Engenharia, sonho que acalentou durante toda a sua
formação escolar. Já havia avaliado os rigores do vestibular
que enfrentaria. E estava preparado para isso.
Entretanto, existia uma certa pressão para ele seguir
a trajetória do pai João Gilberto Queiroz e do tio José
Francisco Queiroz, que fizeram carreira na publicidade
brasileira. Com o pai trabalhando no departamento de
mídia daRádioGlobo e o tiona agênciaGTM&C, emcasa,
as conversas giravam sempre em torno do universo da
comunicação. Não restam dúvidas de que, beirando os
20 anos, PauloCésarQueiroz ficou balançado emrelação
ao caminho que deveria seguir. O DNA acabou falando
mais alto.
Queiroz redirecionou o foco de sua carreira e foi fazer
um estágio na GTM&C
–
“ao menos por um tempo”, con-
fessa ele, que gostou da experiência e resolveu aceitar
um desafio ainda maior: trabalhar na CBBA, uma agên-
cia de destaque na época. Ingressou como trainee no
departamento de mídia, mais especificamente no setor
de pesquisa. “Foi um período de absoluto inconformis-
mo”, manifesta o profissional. A não ser a familiaridade
com os números e cálculos, nada mais o aproximava da
exatidão que a sonhada carreira de engenheiroprometia.
Entretanto, com disciplina, foi aceitando os desafios
que se antepunham na sua jornada diária na operação
de uma agência de propaganda. O interesse pelos desa-
fios da mídia, as oportunidades que surgiam, “serviam
para adaptar conceitos matemáticos às possibilidades
criativas daquilo que fazia no meu dia a dia”, comenta
o publicitário apaixonado por engenharia, que soube
transformar um limão em limonada.
Ele sabia que o período de treinamento na CBBA não
resultaria emnada se, comdeterminação, nãofizesse um
exercíciodeimersãonaatividadequecomeçavaaseduzi-lo.
Assim, em 1980, Queiroz prestou o vestibular da Escola
Superior de Propaganda eMarketing. E foi aprovado. O in-
gressonaESPMserviupara consolidar algumas verdades
e desvendar algunsmitos que tanto o desafiavam. Aliar a
atividadeprofissional comuma rotina acadêmica fez com
que o seu interesse, afinal, começasse a ganhar corpo na
carreira que abraçaria.
Para progredir na atividade, bastava aliar o que
praticava diariamente na agência com aquilo que os
professores demonstravam no quadro-negro da ESPM.
Hábeis expositores, tais performances eram “douradas”
com exemplos que o aluno dedicado assistia na telinha
de TV, via nas revistasmultissegmentadas e nas páginas
preto e brancodos jornais, ouvianas “ondas vibrantes” do
rádio e notava no impacto multissensorial dos outdoors
da década de 1980.
Pronto. PauloCésarQueiroz fora, finalmente, conquis-
tado pela propaganda. “Não poderia deixar de assinalar
a importância da minha passagem pela CBBA”, registra.
“Mais ainda porque,mesmo antes de terminarminha for-
mação acadêmica na ESPM, em1982, fui convidado para
integrar o departamento de mídia da McCann-Erickson,
uma corporação maior e de importância global.”
Seu cargo, como supervisor de mídia da McCann,
propiciava novos desafios e a incorporação de mais res-
ponsabilidade ao seu ofício. Com isso, ele passaria a ter
umcontatomaior comuma ferramentaque seriadecisiva
para o seu desenvolvimento profissional: a informática.
Suporte operacional indispensável hoje na área demídia