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março/abrilde2014|

RevistadaESPM

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provando algo mais estável, que nos

permitiu operar com custos menores

na cadeia toda. Quando você trans-

fere isso para o consumidor, propicia

umconsumomais elevado, uma esca-

la maior e alavanca essa estrutura de

forma previsível.

Alexandre –

Essa relação entre varejo

e indústria, inevitavelmente, tem seus

pontos de fricção. Quando você encon-

tra um cenário, como no Brasil de hoje,

com economia desaquecida e todo o

mercado focando em ganhos de produ-

tividade, essa fricção tende a aumentar.

Marcos –

Buscar produtividade

trabalhando junto sempre dá mais

certo do que se enxergarmos que

um está contra o outro. Em nossa

cultura, temos uma relação de cola-

boração. Surgem fricções? É claro,

há debates, todo mundo tem de

buscar o melhor. Todo ano, fazemos

o que chamamos de Join Business

Plan com nossos principais fornece-

dores. Estabelecemos e negociamos

metas conjuntas.

Alexandre –

Qual é o reflexo dessa

parceria com os fornecedores na ca-

deia logística?

Marcos –

Uma das práticas que

estabelecemos com vários de nos-

sos fornecedores é chamada de

implante. Eles alocam pessoas aqui

[na sede do Walmart] alguns dias

da semana, para trabalhar com

nosso time e entender onde estão os

gargalos. Você pode ter um proble-

ma de cadastro ou um equívoco no

direcionamento de uma mercadoria

para uma determinada loja. Muitos

deles dedicam pessoas para vir aqui

rotineiramente. Uma relação com

espírito colaborativo é o fundamen-

to do nosso negócio, um diferencial.

Alexandre –

No momento de definir

estratégias, que peso tem a logística?

Marcos –

A logística tempapel funda-

mental na definição da estratégia, por-

que o custo de servir pode inviabilizar

umnegócio. Quando aprovamos qual-

quer projeto novo, o custo de servir é

levado em consideração. Obviamente,

você precisa de uma estratégia de

mercado. Precisa existirmercadopara

você abrir uma loja, mas, na estratégia

vencedora, você avalia o potencial

daquele mercado e a capacidade de

servi-lo de maneira eficiente. Não é

por outra razão que temos 18 centros

de distribuição. É para aumentar a

nossa capacidade de viabilizar lojas

nos mercados em que acreditamos.

Expansão de estrutura logística é um

negócio que discutimos sempre com

umhorizonte de cinco anos.

Alexandre –

O Walmart fechou 25

lojas no Brasil no último trimestre de

2013. Ao longo do ano, porém, abriu 22

unidades e reformou outras 40 no mer-

cado nacional. O que está por trás dessa

aparente contradição e quanto tem de

logística nessas decisões?

Marcos –

Isso é um ajuste de rota.

O Walmart tem uma ambição muito

clara no Brasil, onde temos 18 anos

de história. Fizemos duas aquisições

aqui, mas abrimos mais de 200 lojas

no país. Vamos continuar crescendo

no mercado nacional, que tem um

potencial incrível. Agora, no nosso

universo de mais de 500 lojas, há

algumas que, eventualmente, não

apresentam o desempenho desejado.

Então, faz-se necessário parar, olhar

de forma objetiva e fazer um ajuste

de rota. Identificamos algumas lojas

que vinham com uma performance

abaixo da nossa expectativa e to-

mamos a decisão de fechá-las. Mas

continuamos investindo, não apenas

nas 22 lojas que foram abertas no

ano passado, mas também para me-

lhorar e atualizar as lojas existentes.

Alexandre –

Mas existe algum ajuste

de rota no sentido logístico? Por exem-

plo, para concentrar as operações em

algumas regiões devido a dificuldades

ou facilidades logísticas?

Marcos –

Quando você toma a de-

cisão de fechar uma loja, diversos

fatores são levados emconsideração.

Algumas delas [das unidades fecha-

das] tinham um custo de distribui-

ção maior do que entendemos ser

um ponto ótimo. Algumas estavam

a uma distância do seu centro de

distribuição muito acima do aceitá-

vel. A logística não é fator primordial

nessa discussão, que é de posiciona-

mento e de mercado, mas em alguns

casos o custo logístico foi uma das

Vai chegar ummomento emque você poderá, por

meio do seu smartphone, tomar decisões de compra

dentro da loja e encomendar a entrega na sua casa.

As experiências vão ser convergentes