— formadapor infraestruturascomoasviaseos terminais
intermodais — é prioritária, uma vez que ela garante um
melhor acesso aos locais onde a demanda por produtos
acontece. E, ainda, permite planejar o deslocamento da
produçãode formaautilizar a combinaçãomais eficiente
das modalidades de transporte disponíveis como rodo-
viário, ferroviário, hidroviário e aéreo. Contudo, a falta e
amá qualificação da infraestrutura e de pessoal acabam
por acarretar uma ineficiência enorme no transporte,
gerando aumento dos prazos de entrega, dos custos de
frete e do volume de perdas e riscos de avarias nas car-
gas. Aprodutividade do transporte de cargas brasileiro é
deaproximadamente22%apenas, emcomparaçãoaosis-
temade transportedosEstadosUnidos, dadoqueo tempo
de umproduto sair das empresas brasileiras e chegar ao
consumidor é de 90 dias, sendo que para o consumidor
americano esse prazo é de 70 dias.
Outro exemplo significativo é o custo de produção de
uma tonelada de soja no Brasil em relação ao custo de
produzir o grão nos Estados Unidos. A diferença é de
US$ 50 a favor do Brasil, mas no quesito custo do trans-
porte (por tonelada), o Brasil perde, aproximadamente,
US$ 70 em relação ao transporte americano, fazendo
com que o custo logístico venha eliminar a vantagem
de produzir mais barato. Logo, produzir e transportar
soja nos Estados Unidos fica US$ 20 dólares (por tone-
lada) mais em conta do que no Brasil.
O cenário brasileiro atual apresenta alguns proble-
mas emsua intermodalidade, sendo que omodal aéreo
vemvivenciando sucessivas crises relacionadas ao con-
trole e à infraestrutura operacional, o que tem gerado
Háaproximadamente4.280aeroportos
noBrasil.Masapenasoito têmpistasde
pousosedecolagemcapacitadaspara receber
aviõesmaispesadosedegrandeporte
OBrasil perde US$ 70 emrelação ao
transporte americano, fazendo com
que o custo logístico venha eliminar a
vantagemde produzirmais barato
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março/abrilde2014|
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