realizar diferentes exames. No caso do Samaritano, a
otimização dos recursos de exames de laboratório, tomo-
grafia e ressonância contribuiu, demaneira significativa,
para a melhoria dos processos e para manter elevada a
taxa de ocupação do hospital.
Emoutra frente, investimos na fidelização domédico,
que passou a ser tratado como um parceiro estratégico
da instituição. Hoje, muitos centros de saúde oferecem
políticas diferenciadas de valorização e reconhecimento
dos médicos. No contexto atual, se o hospital não esta-
belecer uma parceria com os médicos para o ganho de
eficiência na logística, o plano não sai do papel.
Para viver mais e melhor!
No processo de implantação da logística hospitalar no
Samaritano, também promovemos o recolhimento de
todos os estoques dos diversos pontos de atendimento
do hospital para investir em uma gestão centralizada
dos estoques. Resultado: ficamos quase três meses sem
precisar comprar insumos, porque como o estoque do
Samaritano era descentralizado, cada posto de enferma-
gemapresentava umelevado volume dematerial, como
mecanismo de segurança, e que, na nova fase, passou
a ser enviado para as áreas de acordo com a demanda.
A relevância da logística na cadeia de suprimentos
é tão significativa que hoje o governo do Estado de São
Paulo está desenvolvendo uma grande Parceria Público
Privada (PPP), de logística de medicamentos. A ideia é
promover o controle, a rastreabilidade e a distribuição de
todos os insumos hospitalares comprados anualmente
pelo governo para as instituições públicas de saúde do
Estado de São Paulo. O projeto prevê desde a compra
dos insumos para os grandes hospitais paulistas até a
entrega demedicamento na casa do cidadão. Para tanto,
a Secretaria deEstadoda Saúde (SES), irá implantar cinco
centrosdedistribuiçãodemedicamentos,hemoderivados,
vacinas, soros, itens de nutrição emateriais nas cidades
paulistas de Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto, São
Paulo e Marília. A iniciativa também prevê a criação
de uma Central Logística de Inteligência Farmacêutica
(CLIF), que irá controlar a compra, o estoque nos CDs e
a distribuição dos insumos para todos osmunicípios do
estado de São Paulo. Evitar desperdícios e desvios é o
grande desafio dessa PPP, que deverá movimentar algo
em torno de R$ 4 bilhões por ano em medicamentos e
insumos para abastecer o sistema de saúde de todo o
Estado de São Paulo. Trata-se e uma iniciativa em fase de
consulta pública que, ao se concretizar, deverá reduzir
custos, com relevantes ganhos para a população.
José Antonio de Lima
Diretor-presidente da Fundação Zerbini, que apoia o InCor/HC-
FMUSP, e membro do Conselho Consultivo do Hospital Samaritano-SP.
É médico graduado pela Faculdade de Medicina da Fundação ABC e
pós-graduado em administração hospitalar pelo Proahasa (FGV).
Foi superintendente corporativo do Hospital Samaritano-SP e
presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp)
Virginia Bragança
Bacharel em administração hospitalar pelo Instituto de Pesquisa
Hospitalar (IPH), pós-graduada em economia pela FGV
e em administração hospitalar pela Proahasa-FGV.
Sócia-fundadora da Health Solutions Consult (HSC)
A saúde do sistema passa
necessariamente pelo controle das
operações, a eficiência das práticas
e a redução dos custos hospitalares
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março/abrilde2014|
RevistadaESPM
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