março/abrilde2014|
RevistadaESPM
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Narotadalogística
dosmartphone
Por Dubes Sônego
Foto: Divulgação
P
oucas imagens estão mais distantes da realidade na Ambev que a do
profissional de logística, retratado como um engenheiro voltado para
os números, acostumado a lidar com caminhoneiros e a estabelecer
rotas de entrega. A sofisticação do mercado brasileiro nos últimos
anos exigiu mudanças na área que há muito transformaram a forma de lidar
com os problemas de abastecimento e entrega de produtos. “É um dos níveis
mais avançados de matemática que temos na companhia”, afirma Vinicius Gui-
marães Barbosa, vice-presidente de operações globais e logística da Ambev.
Nem sempre foi assim, é claro. No grupo há mais de 20 anos, Barbosa acompa-
nhou de perto as vertiginosas mudanças logísticas. Na década de 1990, por exem-
plo, quando Brahma e Antarctica eram ainda rivais, as fábricas produziam uma
única marca de cerveja, em garrafas de 600 ml. Hoje, produzem, praticamente,
todas asmarcas, emvários tipos de embalagem. Recentemente, a companhia deci-
diu colocar umpé no comércio eletrônico e, a exemplo de distribuidores de vinhos,
tornou suasmarcas de cervejamais nobres acessíveis a umclique do consumidor.
O próximo passo, diz Barbosa nesta entrevista, será estender o alcance do uso
da tecnologia até a ponta, o motorista e o entregador, com o uso de smartphones.
Comos aparelhos portáteis, a Ambev pretende dar a eles acesso ilimitado à inter-
net e tirar proveito de aplicativos como oWaze, para fugir do trânsito em grandes
cidades. “Ainda não chegamos lá, mas este é o caminho”, assegura o executivo
responsável pelo abastecimento de um milhão de pontos de vendas espalhados
por todo o Brasil. Para atender a essa demanda, 50 empresas parceiras prestam
serviços logísticos para a companhia, que possui 44 fábricas e 90 centros de dis-
tribuição no Brasil.