e outros produtos têxteis à produção de vassouras e uma
infinidade de utilidades domésticas.
No casodopapel, dovidro edas latas de aço, os índices
de reciclagemgiramemtornode 50%, ou seja,metade do
que produzemvolta para as fábricas para ser reciclado.
Aretornabilidade,umconceitovalorizadopelosambien-
talistas, encontra no Brasil vários casos bem-sucedidos
nessamodalidade de logística reversa, emque a cerveja,
por exemplo, nos fornece umdado interessante. Mais de
70% da cerveja consumida por aqui é tomada da garrafa
âmbar de 600ml, que é retornável.
Ovidro sónão alcançaníveismais altos de reciclagem
por causadas garrafas retornáveis eporquepartede suas
embalagens, principalmente os vidros comtampametá-
lica de rosca, é reutilizada pelos consumidores e assim
como os copos de requeijão permanecemnos lares e não
voltampara as fábricas.
Para a reciclagemalcançar o sucesso, é preciso a ação
integradadeumacadeiacomplexaemultidisciplinar.Todas
as embalagens são feitas commatérias-primas oriundas
de quatro fontes primárias que podem ser combinadas.
S
ãoelas:metal(açoealumínio),madeira (celulose), petró-
leo (resinas plásticas) e vidro. Sãoessasmatérias-primas,
emsuas diversas configurações, que são recuperadas na
reciclagem, gerando o valor econômico que torna essa
atividade viável. O papel retorna às fibras que o origina-
ram, ometal é fundido e refundido, assimcomo o vidro e
o plástico são derretidos para assumir novas formas. Os
númerosoficiais fornecidospelaAssociaçãoBrasileirade
Embalagem (Abre), e produzidos pela FundaçãoGetulio
Vargas (FGV), estão no quadro abaixo,
Do que são feitas
nossas embalagens?
, que apresenta aparticipaçãode cada
material no total das embalagens produzidas no Brasil.
A reciclagem é uma operação que se inicia com a
coleta do material espalhado pelo território nacional,
Umdos obstáculos à implantação
da coleta seletiva é seu custo elevado
emrelação à coleta convencional.
Essa relação precisa ser revista
Mercado
Revista da ESPM
|março/abril de 2014
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