maio/junhode2014|
RevistadaESPM
65
somos os mais bem posicionados
para atender a essa nova demanda.
A Austrália já está no limite do que
consegue produzir e exportar. Os Es-
tados Unidos exportam muito, mas
importam mais ainda. Quanto mais
exportam, mais precisam importar.
A Argentina está fora da lista dos
dez maiores exportadores. Então, a
nossa expectativa é continuar cres-
cendo no ritmo atual, pelo menos
nos próximos dez anos.
Alexandre –
Quais são os principais
mercados consumidores para carnes
brasileiras?
Fernando –
Hoje, o maior cliente
do Brasil é Hong Kong, uma por-
ta de entrada para a China, mas
também para os países do Sudeste
Asiático, onde a demanda está cres-
cendo. Depois vem a Rússia, muito
importante nos últimos 15 anos.
O Brasil virou o maior exportador
do mundo graças ao crescimento
do consumo na Rússia. Depois são
países do Oriente Médio: Egito, Irã,
Argélia. A União Europeia ainda é
um grande cliente do Brasil, mas
hoje, por questões sanitárias, o Bra-
sil está fora de pelo menos metade
do mercado mundial. Também não
conseguimos acessar os maiores
importadores do mundo, que são Ja-
pão, Coreia do Sul, Estados Unidos,
Canadá e México. Então, existe um
grande potencial de crescimento.
Alexandre –
Como está a imagem do
nosso produto, na comparação com a
dos concorrentes?
Fernando –
Temos uma parceria
com a Agência Brasileira de Promo-
ção de Exportações e Investimen-
tos (Apex), há mais de dez anos,
para promover nossa carne lá fora.
Participamos de feiras internacio-
Em 2013, o Brasil registrou recorde de vendas de carnes para o mercado externo: US$ 6,6 bilhões
shutterstock