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entrevista | Fernando Sampaio

Revista da ESPM

|maio/junhode 2014

66

divulgação

nais e promovemos workshops com

importadores e com embaixadas

brasileiras em mercados-alvo. Re-

alizamos um estudo de branding,

para ver como nossa carne é vista

lá fora. A verdade é que o Brasil é

tido como o grande fornecedor em

volume, mas existe certa descon-

fiança em relação à nossa capaci-

dade de garantir qualidade. Lá fora,

quando se fala em carne boa, o

sujeito pensa em Argentina ou Aus-

trália. Quando se mostra a imagem

de um bife suculento, o cara pensa

em carne australiana ou argentina,

mesmo que o Brasil exporte muito

mais. A carne brasileira está sendo

vista como matéria-prima a ser

reprocessada em alguma indústria,

para fazer pratos prontos ou para

atender o segmento de restauran-

tes industriais.

Alexandre –

Como foi feita essa pes-

quisa qualitativa?

Fernando –

Separamos o mercado

em três segmentos: carne-ingre-

diente, que é essa que entra no prato

pronto ou vira produto processado;

carne-culinária, que as pessoas

usam no dia a dia; e carne-gourmet,

aquela da imagem das

steak houses

.

O Brasil ainda não tem a imagem

de fornecedor de carne-gourmet,

apesar de termos capacidade para

produzir aqui esse tipo de carne. É

esse trabalho que estamos tentando

fazer com a Apex. Quando pensar

em carne, o consumidor imagine o

Brasil como fornecedor.

Alexandre –

O mercado brasileiro tem

qualidade comparável, por exemplo, à

da carne argentina e australiana? Ou

precisa mesmo correr atrás de qualidade

se quiser ser visto como fornecedor de

carne-gourmet?

Emparceria comaApex, aAbiec divulga a carne brasileira pormeio da participação emfeiras e ventos no exterior