INTRODUÇÃO
Esteartigoanalisaasustentabilidade
como
fator agregado eobrigatórioàspolíticasgoverna-
mentais,bemcomoàsempresasquetransacionam
no cenário internacional. Aofinal, é trazida uma
proposta pragmática para este problema global.
Paraaconstruçãodestetrabalho, foramutilizadas
consultasaoConselhoFederaldeAdministração,
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Co-
mércio (MDIC), Banco do Brasil e a experiência
do autor nomercado internacional.
A SUSTENTABILIDADE COMO FATOR
DE CRESCIMENTO ECONÔMICO DAS
NAÇÕES E EMPRESAS
Otermo
sustentabilidade
estáemevidêncianosúltimos
anos,mas, curiosamente, pode terdois significados
distintos:umdeles relacionadoaocuidadodomeio
ambienteeoutro ligadoaouniversofinanceiro.
Muitas empresas e instituições de ensino têmutili-
zado o termo para designar a gestão financeira de
umnegócio. Como sugerea frase “embreveomeio
ambiente vai definir o crescimento econômico”, de
Achim Steiner, diretor executivo do Programa das
Nações Unidas para oMeio Ambiente (Pnuma), a
gestão ambiental deve ser vistanão sódopontode
vista de ecologistas e ambientalistas, mas também
na ótica contemporânea de governos e empresas,
que devem incorporar, em seu dia-a-dia, políticas
e práticas que visem à preservação da natureza e o
crescimentosustentado.
De um lado temos governos preocupados com a
opiniãopública e, de outro, organismos interna-
cionais que podem influenciar direta e indireta-
mente as políticas sociais e mesmo econômicas,
se houver implicações relacionadas a dívidas
internacionais e respectivos serviços.
Asempresasperceberamquepodemsediferenciarde
concorrentesutilizandopráticasquevisamàotimiza-
çãoderecursosnãorenováveis.Durantemuitosanos,
houveapreocupaçãodecontribuirfinanceiramente
com programas relacionados ao meio ambiente.
Atualmente, são práticas comuns a divulgação da
utilizaçãodenovastecnologiaseaofertadeprodutos
ou serviços politicamente corretos. Pensando desta
forma,asempresasconseguemumaexposiçãopositiva
peranteosdiferentesgruposde interessee,aomesmo
tempo, reduzemcustos,despesaseprocessos.
Aincorporaçãodeumafilosofiavoltadaparaasusten-
tabilidadeprodutivapode trazerumasériedebenefí-
cios para a empresa e consumidores, influenciando
todaacadeiadevalores (
input, throughput eoutput
).
Assim, a International Organization for Standar-
dization (ISO), que congregamais de cem países,
regulapormeioda ISO14000, normas quebuscam
areduçãodacargadepoluiçãogeradapelasempresas
nosistemaprodutivo,bemcomodosdesperdíciosde
matéria-prima.NoBrasil, todooprocessode certifi-
cação é gerenciado pela Associa-
ção Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). As
empresasqueatendem
às normas recebem
umacertificaçãode
validade mundial.
Portanto, alémdo
diferencial com-
petitivo, aempresa
pode obter ganhos
pormeioda econo-
mia de escala e pro-
dutividade,obtidosnos
processosdeprodução.
Face ao exposto, nota-se, então, a impropriedade da
afirmaçãodeAllanCohen, reitor da escolade negó-
ciosBabsonCollege, queacreditaqueapreocupação
socioambientalobedeceaciclosepode, futuramente,
nãomais existir. A conjecturadeCohen sebaseiano
fatodequeasempresas tendemaadotarumagestão
relacionadaacustose,consequentemente,dependendo
da situação e do contexto econômico, avaliariam e
cortariamasdespesasrelacionadasaomeioambiente.
Abemdaverdade,práticasquecontribuemparaobem-
estar ecológico e ambiental podem ser incorporadas
nodia-a-diadas empresas, trazendo aotimizaçãode
recursos,bemcomoavisibilidadeespontâneaparaos
públicosinternoeexterno,envolvendodesdeaaplica-
çãodos tradicionais5S´s, coleta seletivade resíduos
oupráticasmaispontuaisqueanalisaremosaseguir.
As empresas
perceberamque
podem sediferenciar de
concorrentesutilizando
práticas que visam à
otimizaçãode recursos
não renováveis.
estratégiade empresas
A sustentabilidade como
brasileiras exportadoras
CADERNOESPECIAL