Julho_2006 - page 59

Mudanças no papel das
subsidiárias brasileiras
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R e v i s t a d a E S P M –
julho
/
agosto
de
2006
grandes linhas, aempresamantémo
desenvolvimento e a produção dos
produtosnopaísdeorigemdurantea
fase inovadoradoproduto,enquanto
pode se beneficiar da posição de
oligopolista;depois,na fasemadura
do produto, quando a tecnologia é
dominada, a produção passa para
países de fatores de produçãomais
baratos);
BUCKLEY eCASSON
(1992) e
a internalizaçãodoscustosexternos
de transação;
DUNNING
(1980) e o
paradigma eclético, que explica os
FDI pela conjugação dos fatores de
Localização, Propriedade e a Inter­
nalização; e a escola de Uppsala,
comdiversosautoresqueexplicama
internacionalização através deuma
lógica de decisão gerencial.
Aparentemente o Brasil passou
várias dessas racionalidades através
deum séculoemeiodepresençade
multinacionais em seu território.
O papel
tradicionaldas
subsidiáriasno
Brasil
Empresas multinacionais fixaram-
se no Brasil ao longo de todo o
Século XIX e XX (algumas antes),
e em cada fase com um propósito
e impulsionadas por uma lógica
diferente.
BRESSER-PEREIRA
(1978)
distinguiu quatro diferentes etapas
da expansão de multinacionais no
Brasil: a etapa extrativista, onde
as empresas, principalmente in­
glesas, buscavam a proximidade
e a garantia da matéria-prima, e
instalavam-se no país para explorar
recursosnaturais;exportando-ospara
amatriz onde eram industrializados.
Além deste, as “subsidiárias” tinham
o papel ampliado de prover serviços
públicos de infra-estrutura (como fer­
rovias e centrais de energia), sem os
quais não conseguiam exercer suas
atividades. Isto durou até o final da
década de 1920. Então, juntamente
coma trocadocentrodehegemonia
econômicada InglaterrapelosEUA,o
Brasil passa a contar com apresença
paulatina de escritórios de vendas,
oficinas de assistência técnica, e
O paradigma eclético, que
explica os FDI pela conju-
gação dos fatores de Lo-
calização, Propriedade e a
Internalização; e a escola
deUppsala, comdiversos
autores que explicam a in-
ternacionalização através
de uma lógica de decisão
gerencial.
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BRESSER-PEREIRA
(1978) distinguiu quatro diferentes
etapas da expansão demultinacionais noBrasil.
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