Revista daESPM –Maio/Junho de 2002
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Dentroda construçãodenovos pa-
drõesdecomportamentoeleitoraldapo-
pulação, algunselementosganharão im-
portânciaparaaquelesque sedefrontam
profissionalmente com omarketing po-
lítico Um deles, por exemplo, é a
inexistênciadepossibilidadede reconhe-
cimento de propostas partidárias e, ain-
da, daavaliaçãodohoráriopolíticoelei-
• JoãoGualbertoVasconcellos
–Doutor em Sociologia pelaEscola deAltosEstudos emCiências
Sociais, Paris, França, autor do livro
A InvençãodoCoronel: raízes do imaginário social brasileiro
(Edufes, 1995) e co-organizador de
RecursosHumanos eSubjetividade
(Atlas, 1996, 1ª edição),
dentre outros. ÉDiretor do InstitutodePesquisasFutura eProfessor nomestrado emAdministra-
ção daUniversidadeFederal doEspírito Santo.
“Éprecisoter
claroqueomarket-
ingpolíticonão
substituirá jamais
arelaçãode
qualidadedentro
dosistema
político.”
toral gratuito concedidopeloTRE. Esse
horário hoje é depositário dos maiores
recursosdacampanhae temum resulta-
dopífiodiante das formas como as pes-
soas se informam para tomar a decisão
eleitoral. Ele certamente terá que ser
reformatado levando em contaos novos
elementos que estão presentes na arena
política.
Tambémdevem ser levados emcon-
ta o aumento do nível de escolaridade
presente na sociedade, em grande parte
derivadodoprojetoeducacional inici-
ado ainda nos militares e
aprofundado na década passada,
ouonovopapel damídia. Sua
postura nos últimos acon-
tecimentos no país des-
de a queda de Collor
até a desgraça de
Jader Barbalho
é central.Ali-
ás, éadife-
rencia-
ção des-
ses elementos que vai modificando a
sociedade. Que vai produzindo um
momento novo. Por isso a ação dos
profissionais deve ser diferente.
Nesse novo universo que vai nas-
cendo, os profissionais precisam
aprender com a verdade. Ela será um
diferencial competitivo para os que
dela souberemusar. Sãodesafios pro-
fundos para os profissionais de
marketing político e fundamentais
para a construção da sociedade que
todos queremos.