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Revista daESPM – Setembro/Outubro de 2001
Cannes é a Copa do Mundo da publicidade. O festival mais concorrido do planeta mostrou
quais são as agências que estão batendo um bolão em nosso setor. O Brasil mais uma vez
marcou um gol de placa e a agênciaF/NazcaSaatchi &Saatchi foi eleita a melhor do ano.
Saiba mais sobre as categorias que estão ganhando representatividade, as tendências e
posicionamentosmaisutilizadospeloscriativosqueganharamum leão, aevoluçãoda Internet, o
polêmicograndprixemmídia impressaepor queCanneséumadascidadesmaisbadaladasdo
mundo.
CANNES 2001 -– Umpasseiopelomais concorrido festival depublicidadedoplaneta PÁG. 9
DARLANMORAES JR.
Não raro omarketing é visto como uma forma de levar vantagem, e ao se dizer "isso é puro
marketing" muitas vezes sobressai uma ponta de ironia. Entretanto, a análise dos fundamentos
demarketingmostraqueeleagregaumasériedeatividadesquevisamasatisfazer expectativas
de produtores e consumidores de bens e serviços num ambiente em evolução contínua, que
exigeadaptaçãoe inovação constante.
Com base nos trabalhos de Sheth, Gardner e Garrett, os autores discorrem sobre as várias
escolasdepensamentoque transformaramomarketingemumadisciplinaecléticae inspiradora.
Várias escolas depensamento foramentre si influenciadas e influenciadoras, nãohesitandoem
buscar em outras disciplinas conceitos que as tornassemmais abrangentes. Essa exposição e
pré-disposição da disciplina ao novo permitiu que ela evoluísse da sua origem puramente
econômica para o entendimento de que as pessoas são diferentes e por isso têm expectativas
diferentes merecendo que as empresas busquem soluções não apenas rentáveis para elas,
empresas, mas que também satisfaçam suas expectativas, de formaeficaz, eficienteeética.
A viagem pelos quase cem anos de vida de marketing e suas várias linhas de pensamento
oferece aos leitores uma série de elementos para reflexão que demonstram a seriedade e
responsabilidadenecessárias paraquepossamos dizer quepraticamos opuromarketing.
ISSOÉPUROMARKETING
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FRANCISCOSERRALVOEWILSONWEBER
Na pós-modernidade o consumo tem se tornado cada vezmais expressão da emergência de
milharesdedesejosdiferentes.A reorganizaçãodas identificaçõesem tornodequestõesquevão
muitoalémdosnacionalismos fazcomqueacidadaniasejaexercidamaispeloconsumoprivado
debens edosmeios de comunicaçãodoqueatravés deoutras estratégias departicipação, que
eram características do capitalismo industrial, como sindicatos ou partidos políticos. É nesse
contexto que deve ser pensado o relacionamento entre “produtores” e “consumidores”, se
quisermos libertá-lododesgasteedahipocrisiacaracterísticosde relaçõesbaseadasemprincípios
que foram construídos no âmbito de uma outra realidade histórica.
QUEMTEMMEDODOCONSUMIDOR?
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VALÉRIARAVIER
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