Eduardo Fischer
julho/agostode2012|
RevistadaESPM
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Gracioso
– Há cinco anos, a
Revista da
ESPM
falou publicamente sobre comuni-
cação integrada, com a preocupação aca-
dêmica de explicar tudo de forma correta,
associando o tema ao que chamamos de so-
ciedade do espetáculo. Hoje, o mundo está
cada vez mais voltado para o espetáculo e
por uma simples razão: as multidões querem
fugir da aridez da vida e encontram em mil
facetas do espetáculo a oportunidade de vi-
ver um momento de fantasia.
Fischer
– Acredito nisso desde quando
entrei nesse negócio, lançando o conceito
da comunicação integrada no mercado
nacional.
Gabi
– Na época, você estava com 19 anos.
Certo?
Fischer
– Sim. E ainda não era formado.
Por dificuldade de encontrar estágio em
agências, tive pouca experiência de fun-
cionário. Optei por investir em cursos de
especialização no exterior. Por exemplo,
fui ao Creative Problem Solving Institute,
em Buffalo (EUA), para fazer um curso de
criatividade. Em Las Vegas, fiz um curso
de entretenimento e outro demarketing na
Universidade de Nova York. Aos 19 anos,
tornei-me um profissional multifacetado
na área da comunicação. Quando voltei
ao Brasil, tinha uma visão mais ampla do
negócio. Nessa época, a propaganda brasi-
leira começava a se projetar como uma das
melhores do mundo, focada principalmen-
te no comercial de 30”. Para aparecer e con-
quistar meu lugar nessa indústria, montei
umdiscurso que não condizia coma época.
Costumava dizer que o comercial de TVera
excelente, mas tão importante quanto um
evento, uma promoção ou uma campanha
de incentivo. Todas essas ações colocadas
embaixo de um único conceito são mais
fortes do que apenas o filme publicitário.
Fiquei falando sozinho durante dez anos.