Comunicação corporativa
Revista da ESPM
| julho/agostode 2012
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O público tem um enorme acesso e um apetite voraz
por informações, sejam elas relacionadas aos seus
interesses ou simplesmente fonte de entretenimento.
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A maioria dos governos do mundo decidiu não
competir mais por meio de guerras ou financiamento
de exércitos. A competição agora se dá mais
intensamente na esfera econômica. As armas
utilizadas passaram a ser de produção, em vez de
destruição. Esse novo ordenamento produz reflexos
expressivos na reputação empresarial, tornando-a
arma para competição em todo o planeta.
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Ao longo dos anos, as empresas dominantes
consolidaram as mesmas técnicas de produção em
massa e de marketing. Além disso, a comoditização
de produtos e serviços faz com que haja uma grande
dificuldade de diferenciação. Uma das poucas formas
de ser percebido fundamenta-se em grande parte na
reputação das empresas e de marcas.
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O capitalismo conquistou o mundo e trouxe
com ele a necessidade cada vez maior de capital.
A captação desse capital se dá basicamente por
meio de investimentos diretos, e a boa reputação
empresarial faz com que a empresa se torne uma
opção para o investidor.
Com isso, transmitir credibilidade, confiabilidade,
segurança e responsabilidade passa a ser fator prepon-
derante para as empresas de sucesso. E a comunicação
desses atributos é uma responsabilidade e um objetivo
a ser considerado em todos os planos de comunicação.
A razão de tal preocupação é devida ao fato de que
nós hoje, ao tomarmos uma decisão de consumo, inves-
timento, indicação a um amigo ou colega ou escolha de
uma posição de trabalho, estamos preocupados não só
com o que as empresas produzem, mas também com o
que elas fazem, pois só o produto ou o serviço prestado
não sustenta a longevidade de uma organização e nossa
confiança em relação a ela. Bem-vindos à “Economia
da reputação”.
Independentemente de para quem, por que e onde a
mensagem deva ser comunicada, simplicidade, clareza
e consistência são atributos básicos de umdiálogo entre
as empresas e seuspúblicos emqualquer partedomundo.
Quanto mais fácil for a comunicação, melhor será o seu
entendimento, principalmente em um momento em
que estamos todos multiconectados, multi-informados,
multi-impactados emultidispersos coma quantidade de
informações que recebemos.
Outro fator impactante é a necessidade de incorpo-
rar a comunicação “boca a boca” em uma plataforma
integrada e, por consequência, na comunicação institu-
cional da empresa. Torna-se mandatória essa atenção,
pois quanto maior o controle que a empresa possui da
informação, menor a confiança de seus públicos com
esse conteúdo. Um exemplo disso são o processo de
tomada de decisão para a compra de um produto ou
serviço, a realização de algum investimento em ações
de uma companhia ou a aceitação de uma proposta de
trabalho. Em todos esses casos recorremos aos meios
tradicionais de informação. Porémsempre procuramos
a opinião de um amigo que tenha conhecimento no
tema. Coma internet e o surgimento dasmídias sociais,
esses amigos estão em qualquer lugar do planeta, opi-
nando sobre as empresas e estabelecendo comunicação
interativa onde o “boca a boca” é realizado em tempo
Independentementedeparaquem,
porqueeondeamensagemdevaser
comunicada, simplicidade, clarezae
consistênciasãoatributosbásicosdeum
diálogoentreasempresaseseuspúblicos
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