julho/agostode2012|
RevistadaESPM
53
Hoje a realidade é diferente. As agências e empresas
têma expectativa de que os iniciantes já demonstremum
amadurecimento que antes somente era exigido de pro-
fissionais comvários anos de experiência. Essa demanda
impõe sobre as escolas desafios adicionais que devemser
enfrentadosaosedesenvolveremasexperiênciasdeapren-
dizagem que serão oferecidas aos estudantes ao longo de
seus programas. Como as escolas devemse preparar para
essa nova realidade?
Ensino nota 10!
Existe uma tensão permanente no desenvolvimento de
qualquer programa de nível superior e na escolha de quais
competências deverão ser desenvolvidas ao longo do curso.
Emum extremo temos a formação puramente técnica, que
atenderiaàsnecessidadesimediatasdomercadodetrabalho
e, talvez, fosseútil paraosprimeiros curtos anosda carreira
do profissional. No outro extremo, temos a formação pura-
mente intelectual, comcarátermarcadamentehumanistae
científico,queservedebaseparatodoequalqueraprendizado
posterior,mas que teria pouca utilidade prática imediata.
Historicamente, mercado e academia não conseguiram
chegar a um consenso sobre como melhor equilibrar es-
sas necessidades e demandas. É comum as empresas se
queixarem de que as universidades formam profissionais
que desconhecem a profissão e precisam ser ensinados
AeducaçãonoBrasildeveatender
àduplafinalidadedeprepararo
indivíduoparaumaatuaçãopolítica
nocontextonacional (oexercícioda
cidadania)ecapacitá-loaatuar
nomundodotrabalho