Revista ESPM JUL AGO 2012 - Comunicação Integrada espetáculo à procura de maestros - page 75

julho/agostode2012|
RevistadaESPM
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Há pesquisas nesse “cyberterreno”, de arrepiar.
Mas o tema do vínculo é desafiador. Voltemos a ele, por-
que,defato,expor-separaooutrogeradiversossentimentos:
medo, ansiedade, angústia, prazer, alegria, cooperação,
cumplicidade, competitividade, inveja etc. Assim, o ato de
serelacionaroudecriarvínculoimplicaoexercíciodeestar
atentoasieaooutroecuidardessarelação.Oquedefatonão
acontecenasredessociais.Oexercícioéindividual,apessoa
posta o que ela quer, sem qualquer tipo de preocupação. O
outro ou outros da sua rede de relacionamento, emmuitos
casos, é umdesconhecido.
Éfatoqueemmuitasocasiõesémaisfácilfalarsobresitu-
ações difíceis comumestranho. Isso realmente promove a
sensaçãode alívio,mas, nocasovirtual, a exposiçãoatinge
escalas gigantescas, correndo o risco de a pessoa sofrer
bullying
eletrônico” ou “
cyberbullying
”.
Voltemosentãoàsrelaçõesnãovirtuais,paraosimples,o
básico,queéapropostadesteartigo.Comoconstruirvíncu-
los,abasedosrelacionamentoshumanos?Comomelhorara
comunicação entre as pessoas emtodas as esferas?
Nãohámilagres,maspequenosatospodeminterferirpo-
sitivamentenaqualidadedosrelacionamentos.Surpreenda-
se, não há nada de novo nisso. Não se trata da inovação das
comunicações, apenas o básico. Seguemalgumas dicas ou
sugestões que poderão fazer diferença:
Olhar e perceber a pessoa com quem você mantém uma
conversa, por mais breve que seja. O olhar é a maneira
mais poderosa de inclusão, e seu contrário também
é verdadeiro.
Dirigir-se às outras pessoas com gentileza, utilizar
palavras como “por favor”, “obrigado”, demonstrando a
capacidade de reconhecimentode umpréstimo.
Elogiar compalavras gentis.
Cumprimentar as pessoas com quem você convive, nos
elevadores, corredores, em salas de reunião, em casa,
os pais, os filhos, os irmãos, os vizinhos.
Respeitar as diferenças, desenvolver a capacidade
empática. As pessoas são diferentes. Às vezes, digo
para alguns pais que não é preciso enviar o filho para
uma experiência no exterior; bastamandá-lo para a casa
de umamigopor uns dias, e ele já perceberá a diferença.
Evitar o modo “multi e automático” quando iniciar a
conversa com alguém. Não seja mecânico. Privilegie
aquele momento, e só aquele momento. Mantenha o
foco naquilo que está fazendo, principalmente se
envolver outra pessoa.
Escutar o que o outro está dizendo. Evitar interromper
quem está falando e aguardar que finalize o raciocínio
antes de responder.
Evite julgar o outro e fazer críticas desnecessárias.
Asensibilidade é fundamental.
Por parecer relativamente simples, as pessoas não cos-
tumam dar muita atenção para esse tipo de comentário.
Entretanto, se vale como estímulo, não somos nada sem
os outros. O ser humano é naturalmente gregário, e a vida
emsociedadepermiteoamploaprendizado,consigoecom
os outros. Conseguimos nos desenvolver emelhorar como
seres humanos pelas relações com o outro. As pessoas
percebem, assim como você, quando alguém está verda-
deiramente interessado no que está sendo dito.
Precisamosdooutroparasabersecrescemos.Éelequem
nosinforma,diretaouindiretamente,sobreanossaprópria
evolução e adequação social, favorecendo o autoconheci-
mento. Assim, não espere que o outro dê o primeiro passo
paracomeçaraagirdemaneiramaisgentilecordial.Talvez,
no início, alguns até achemestranho, mas se o que foi dito
neste artigo fizer sentido para você, coloque emprática.
Adriana Gomes
Diretora do site
Coordenadora
do Centro de Carreiras e do Núcleo de Estudos e Negócios
em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM
“Aatençãoparaacriaçãodevínculos é importante,mesmoque
sejamvirtuaisouapartirdeles.Nemsempreas relações são
satisfatórias, e issoacontecenãosóemfunçãode“comquem”,mas
tambémdo“como”nos relacionamos, evariamdeacordocoma
qualidade, aconsistência, aconstância, osignificado, a força”
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