Revista ESPM - março-abril - Empreendedorismo. O grande sonho brasileiro. - page 26

Estratégia
Revista da ESPM
|março/abril de 2013
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da festa. As pessoas tiram fotos conosco e gostam tanto
da ideia inusitada, que acabam divulgando a marca e
o serviço em suas páginas no Facebook e por meio do
marketing boca a boca.”
Apaixonado pelo mundo dos negócios, Lima já fez de
tudo na vida: entregou jornal de bairro, trabalhou com
locaçãodefilmes
on-line
,montouumbancode currículos
virtual... “Sempre fui muito sonhador. Essa é a 17ª vez
que tento empreender. E a diferença agora é a sociedade
comminha esposa, que tem o pé no chão e uma enorme
aptidão para controlar os gastos e direcionar os investi-
mentos do negócio que nasceu de uma brincadeira.” Há
dois anos, o casal estava jogando pôquer com os amigos
emumsítio emAtibaia, no interior de São Paulo, quando
a cerveja acabou e eles descobriram que o bar mais pró-
ximo ficava a 12 quilômetros de distância. Não demorou
para um dos jogadores soltar a ideia do negócio no ar:
“Bem que um super-herói poderia aparecer para salvar
nossanoite...”. Pronto. Estavamontadoo conceitodanova
empresa. “Esta ideia já rendeu umamídia espontânea no
valor de R$ 780 mil, apenas em 2012”, comemora Lima,
que iniciou o negócio com uma verba de R$ 25 mil e fa-
zendo cinco entregas por semana.
No décimo mês, com o investimento inicial recupe-
rado, o casal procurou o Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e, junto com a enti-
dade, traçouumplano para ampliar onegócio. “No início,
pensamos que nosso
target
seria o público universitário,
que vive sem dinheiro. Por isso, focamos todo o negócio
no preço baixo. Mas o mercado entendeu o conceito da
empreitada epassamos a receber ligações comtodoo tipo
de encomenda namadrugada: de cerveja e chá de boldo a
colaSuperBonder efiltrode café”, comentaDenise. “Hoje,
trabalhamos com um
mix
de cem produtos e realizamos
210 entregas semanais.”
Com a fama, eles passaram a receber inúmeras pro-
postas de investidores interessados em transformar o
negócio em uma franquia. Mas resolveram seguir os
conselhos da consultoria do Sebrae. “Como o negócio
ainda é muito novo, primeiro licenciamos a marca para,
em um segundo momento, franqueá-la”, observa Lima,
que há dois meses opera com um licenciado em São
Bernardo do Campo e acaba de inaugurar mais uma loja
licenciada no bairro do Morumbi (SP). “Como usamos
capa de super-herói, o céu é o limite! Nosso plano é ter
15 unidades licenciadas até final de 2014 e uma franquia
de 35 unidades nos próximos cinco anos.”
O valor das ideias
Graças aoSebrae, o casal BrejaBoy conseguiupassar para
umasegunda fasedonegócio, queagoracontacomumpla-
nejamento para os próximos cinco anos. E é essa parceria
estabelecidaentreainstituiçãoeopequenoempreendedor
que uma nova campanha publicitária pretende mostrar.
MárcioOliveira, presidentedaLew’Lara/TBWA: a internet
aproximouomarketingdopequenoempreendedor
divulgação
Oempreendedor precisa vender. Por
isso, muitas vezes, omarketing acaba
ficando emsegundo plano no dia a dia
dasmicro e pequenas empresas
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