Revista da ESPM
| janeiro/fevereirode 2014
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Reformarépreciso
Oque faltaparaoBrasil?VergonhanacaraparaelaborarumanovaConstituição, quesejacapaz
de resolverquestõescomoa imunidadepolíticaea improbidadedosadministradorespúblicos
Por Saïd Farhat
H
á algumas semanas discutimos na ESPM
um tema da maior importância e atuali-
dade:
“Como (não) sou representado no Con-
gresso Nacional”
. Na verdade, ninguém se
sente politicamente representado por quaisquer órgãos
de umpaís cujo sistema eleitoral beneficia os políticos
que não se pejam de lançar mão de dinheiro público.
E, ainda mais importante, fazer leis — ou executá-las
em benefício de determinados interesses minoritá-
rios ou individuais.
Essa questão, da mesma forma que o tema desta edi-
ção da
Revista da ESPM
, toca fundo na importância da
observação de elementos éticos, morais e institucionais
no desenvolvimento da sociedade humana. E, em par-
ticular, na vida política de toda uma sociedade.
Creio que, commaior ou menor intensidade, todos
sentimos — no sistema político que deveria represen-
tar-nos, no governo e no parlamento — a falta de res-
peitabilidade e honradez; de representatividade legí-
tima do povão que os elege; das aspirações; dos fatos
e da adoção de políticas de interesse nacional e não
pessoal ou regional; e de sua implementação.
Quero dizer: o que aí está não representa ninguém.
Na reunião passada da ESPM, declarei claramente que o
nosso sistema eleitoral não nos representa — individual
oucoletivamente.Muitomenos os cidadãos responsáveis
legislação
marcos de paula
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