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Administração par

ticipativa:modismo

ou componente de um novo paradigma

de gestão e relações de trabalho?

objetivo deste trabalho é discutir a questão da

participação dos empregados e colaboradores no

processo decisorio e nos resultados de suas

empresas, dentro de um contexto de mudanças

organizacionais que tem caracterizado o nosso

ambiente empresarial nos últimos tempos.

Esta questão não é nova, mas vem assumindo

uma importância maior no contexto atual e nos

cenários futuros de globalização economia, dos

novos mercados representados pelos blocos

econômicos, das mudanças tecnológicas e da força

de trabalho e, sobretudo, da crescente

competitividade empresarial entre países. Neste

ambiente competitivo, a busca da qualidade, da

produtividade e da satisfação do cliente tem

determinado mudanças nos sistemas de gestão, nas

formas de organização do trabalho e da produção

(Fleury, 1990; Paula Leite, 1994), que se

caracterizam pela tendência ao trabalho em grupo,

compostos por colaboradores de elevado nível de

qualificação e polivalentes, e por políticas de gestão

que estimulem o comprometimento da força de

trabalho com objetivos e resultados empresariais

(Albuquerque, 1992). A aceitação e contribuição

para mudanças organizacionais, bem como o

comprometimento com objetivos, significam

participação,

entendida como "o envolvimento

mental e emocional de pessoas em situações de grupo

que as encorajam a contribuir para os objetivos

grupais e a repartir responsabilidades entre elas"

(Davis e Newstrom, 1989).

Dentro destas condições é que se coloca a

importância do estudo da administração

participativa e da participação, em suas múltiplas

dimensões.

O objetivo deste texto é encaminhar algumas

reflexões a este respeito, procurando analisar

algumas "experiências de sucesso" de empresas que

vêm assumindo pressupostos da gestão participativa

como ingrediente básico de seu modelo de gestão.

Não é nossa intenção neste texto estar

discutindo a administração participativa sob o

prisma ideológico (Storch, S., 1987), nem sob

enfoque da propriedade coletiva e auto gestão,

nem sob o enfoque crítico ou comparativo com

outras abordagens. Neste texto, interessa apenas a

ótica do estudo dos eventuais denominadores

comuns entre empresas que obtiveram sucesso

implementando mudanças organizacionais, com

base na valorização das pessoas, no

empowerment,

na gestão participativa.

Diferentes sentidos da participação

e da gestão participativa

Trabalho em grupo (

team work),

participação e gestão participativa

A tendência ao trabalho em grupo e a adoção

de sistemas de gestão mais participativa são

premissas fundamentadas da nova concepção de

sistemas gestão na empr esa competitiva

(Albuquerque, 1992).

Os deba t es sobre a pa r t i c i pação e as

práticas de gestão participativa estão sendo

revitalizados em função da competitividade

mundial e das novas formas de competição

(Best, Michael H., 1990), tendo como foco sua

d i s c u s s ão em r e l a ç ão às emp r e s as e a

eme r g ê n c ia de uma nova " g e r a ç ão de