Enquanto os cidadãos olharem para seus
próprios umbigos e acreditarem que suas histórias
individuais não concernem a centenas, milhares, ou
mesmo milhões de outros indivíduos, que enfrentam
problemas semelhantes numa realidade que é
coletiva, há pouca ou nenhuma chance de que as
organizações venham a apresentar comportamento
ético. O caminho para organizações eticamente
responsáveis em lugar de organizações corruptas
implica em mudanças profundas no comportamento
das instâncias coletivas que exercem vigilância sobre
a atividade das outras organizações. A mudança
precisa atingir tanto o estado quanto as entidades
civis. Mas, sobretudo, este caminho implica que os
indivíduos mudem suas posturas f r en te aos
problemas éticos. Como indivíduos que buscam a
autonomia também no trabalho, eles devem ser
capazes de se responsabilizar por seus atos, recusando
submeter-se às promessas e ameaças feitas pelo
poder e pelos dirigentes que o representam.