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tica é a forma de proceder ou de se comportar do

ser humano no seu meio social, sendo portanto uma

relação intersocial do homem, e seus parâmetros são

as condutas aceitas no meio social. A palavra ética

vem do grego ETHOS que significa: modo de ser,

caráter enquanto forma de vida do homem.

A ética tem raízes no fato da moral como

sistema de regulamentação das relações intersociais

humanas e se assenta em um modo de compor-

tamento. Portanto, a ética é uma ciência da moral

e pode ser definida como: a teoria ou ciência do

comportamento moral dos homens em sociedade,

conforme Vasquez (1993).

Podemos, também, divid-la em: ética nor-

mativa, que são as recomendações, e ética teórica,

quando explica a natureza da moral relacionada às

necessidades sociais.

Como teoria, a ética estuda e investiga o

comportamento moral dos homens, tendo seu valor

como teoria naquilo que explica, e não no fato que

recomenda ou prescreve (Vasquez,1993) e, quanto

a sua história, podemos adotar a divisão, também

de Vasquez (1993), entre muitas, por ser a que

entendemos mais clara, e que é a seguinte: ética

grega, ética cristã, ética moderna e ética

contemporânea.

Ética Grega:

As primeiras referências sobre ética ocor-

reram na Grécia, destacando-se as doutrinas dos

mais conhecidos filósofos.

Sócrates- 470 a 399 a.C - A ética sócratica é

racionalista, exaltando a bondade, a virtude em busca

da felicidade, sendo este o bem maior a ser al-

cançado. Sua máxima era:" conhece-te a ti mesmo"

para agir bem.

Platão - 427 a 347 a.C - Sua ética está ligada

à política e, também como seu mestre Sócrates, é

racionalista e sua tese é a da virtude, objetivando o

bem. O homem só é bom se for cidadão. Há uma

necessidade da existência do Estado para a per-

feição ética. Na sua A República, Platão elabora

um Estado perfeito, tendo por base os seus

conceitos da alma (metafísicos ).

Aristóteles - 384 a 322 a.C - Como discípulo

de Platão, possuía uma ética também ligada à

política, pois para ele somente através da sociedade

política poderia ser alcançada a felicidade. Para

ele, o homem é um animal político e social, e somente

o homem-cidadão pode ser bom ou sábio.

Aristóteles tinha uma nova forma de ensinar.

Fundou o Liceu, onde dava aulas ao ar livre, andando

pelo jardins enquanto explicava. Por isso seus

alunos eram chamados de peripatéticos, "os que

gostam de passear". A ética aristotélica também

exalta a razão e a virtude para alcançar a felicidade.

Com o desmantelamento do antigo mundo

grego-romano, e a conseqüente perda de autonomia

do Estado, e a queda dos grandes impérios,

surgiram o estoicismo e o epicurismo. Para os

estoicos (Zenão na Grécia e Sêneca em Roma ) o

bem supremo era viver de acordo com a natureza

e de acordo com a razão. Deus é criador e coorde-

nador do cosmos. Há uma exaltação da auto-

suficiência. Os epicuristas ( Epicuro ) também

exaltavam a autosuficiência, mas são libertos da

divindade. O prazer é o bem supremo.