produzidas. Da mesma maneira, filosofia que
sustentasse a teoria da globalização era também
necessária para se utilizar, com eficácia, os
benefícios da globalização.
Fundação dos Negócios
Americanos e Japoneses
A questão aqui é maior do que simplesmente
o conceito de gerenciamento dos japoneses. A
estrutura fundamental da filosofia holística é
fundamentada nas diferenças básicas entre as
culturas do Leste e do Oeste com relação a
negócios. O negócio americano originou-se numa
história de vastas quantidades de terras disponíveis,
grandes mercados, uma força de trabalho educada
e, no século 19, com a liberdade religiosa e a
predominância de cristãos-judeus, um senso de
individualismo muito forte prevaleceu. Essas
condições duraram a maior parte do século 20,
criando assim o maior mercado doméstico e a
liderança na exportação global. Os Estados Unidos
lideram o mundo em exportações mas não lucram
mais com o comércio internacional. Isso e outras
condições contribuíram para um forte e ainda mais
influente governo central com a comunidade de
negócios.
Em contraste, os japoneses desenvolveram
seus negócios num ambiente onde a disponibilidade
de terra era limitada, num forte sistema feudal, e
as religiões, budismo e confucionismo, encorajando
a unidade social (ex. a unidade da família) mais do
que o individualismo. Um forte governo central
substituiu o sistema feudal, e o Shogun e o Keiretsu
substituíram o comércio de cartel. Na última metade
do século 20 o Japão fechou seu comércio
doméstico de novo e tornou-se o líder em
exportações para o mundo em termos de balança
comercial e lucros.
As corporações americanas e japonesas têm
sido organizadas e estruturadas com conceitos de
fundação de negócios diametralmente opostos. As
companhias americanas são essencialmente
analíticas, enquan to que as j aponesas são
"holísticas". As companhias americanas precisam
de alvos e objetivos comensuráveis. As companhias
japonesas têm objetivos mais abrangentes, gerais
e fundamentalmente sem muita estrutura. Os
j aponeses se sentem confor t áve is com as
generalizações, a f i rmações abstratas não
sustentadas por exemp l os espec í f i cos de
elaboração. A filosofia "holística" sugere que o todo
é maior do que a soma de suas partes.
Gerenciamento que funciona com essa visão
percebe que enquanto os resultados são
conclusivos, objetivos a longo prazo são mais
importantes do que os meios para se alcançar os
objetivos.
Filosofia Holística e Globalização
Os objetivos na filosofia corporativa são
específicos mas menos quantitativos do que na
filosofia analítica. A visão analítica tende a se
concentrar nos meios para se alcançar um fim, em
vez de se concentrar na conclusão ou no objetivo.
A visão analítica procura um lucro quadrimestral
por departamento e assume que o ano será lucrativo.
A visão holística busca o apoio dos consumidores
e assume que serão bem sucedidos no futuro porque
o consumidor apóia a companhia e seus produtos.
Isso a longo prazo produzirá lucro para a empresa.
Multinacionais que operam dentro do conceito
analítico concluem que se seus departamentos e
divisões, que competem por recursos limitados,
operarem de maneira eficaz (são lucrativos e
contribuem) a organização operará com eficácia.
No conceito holístico lucro e contribuição ou
operação eficaz não são tão importantes quanto
outros critérios menos tangíveis como: satisfação
do consumidor, participação de mercado e apoio
aos projetos comunitários.
Devido a con t rové r s i as em torno da
globalização do Marketing é compreensível que os
profissionais das multinacionais corporativas
achem difícil a execução de estratégias globais.
Uma versão da globalização é colocar produtos
padrões (Honda) num mercado homogêneo e global.
Outra estratégia é colocar um único produto
padrão, como Coca-Cola, com modificações e
ajustamentos para vários mercados (Marketing
Mix). Em mercados heterogêneos, qualquer que
seja a estratégia, a organização global tem que ter
uma filosofia que permita o seu funcionamento em
culturas diferentes. A filosofia holística tem um
conceito mais acessível, permitindo que pequenos,
incontáveis e difíceis passos sejam dados para se
alcançar um objetivo final, freqüentemente num