udanças e mais mudanças. Esta tem sido uma
década de grandes mudanças que estão ocorrendo
nas áreas do conhecimento, nas formas de pensar,
nos valores e nas relações de poder entre as pessoas.
A palavra de ordem é: é preciso mudar para
sobreviver e permanecer competitivo. Mudar
'métodos de gestão empresarial, mudar processos
de gerenciamento de pessoas. Em uma sociedade
onde informações surgem com rapidez vertiginosa,
a demanda por mudanças cada vez mais velozes e
capazes de gerar diferenciais passa a ser um dos
principais focos de pressão.
Por outro lado, se pude rmos olhar a
competitividade como sendo a inovação tornada
realidade, assegurando um diferencial competitivo
às empresas, podemos deduzir facilmente que todo
o diferencial, face à rapidez da informação e ao
crescente surgimento de novas tecnologias, é
rapidamente igualado pelas empresas no mercado.
Ou seja, o que levava meses e até anos para ser
alcançado pelos concorrentes, hoje não é mais
uma vantagem competitiva duradoura. Logo, num
mundo onde as vantagens competitivas se igualam
em pouco t empo, o pr i nc i pal d i f e r enc i al
competitivo passa a ser o fator humano nas
empresas. Este é capaz de enfrentar, com sucesso,
a competitividade.
E preciso mudar. Adotam-se "reengenharia",
"quebra de paradigmas", "inovação", "criar
sinergia", "teamwork" e quantas outras palavras
quisermos acrescentar...
Parece simples. No discurso. Difícil, porém,
na ação. O processo de mudança começa pelas
"Nosce te ipsum"... Conhece-te a ti mesmo.
pessoas. E pessoas não são tão simples quanto
aparentam ser. Cobram-se mudanças nas empresas,
esquecendo-se de que o principal fator capaz de
torná-las permanentemente competitivas é o fator
humano.
Não acredito que se possa desvincular a
qualidade das pessoas. Por trás de todos os
processos estarão sempre pessoas responsáveis por
sua implementação e, até mesmo, controle. Todo e
qualquer processo de mudança, para ser efetivo,
necessita ser, primeiro, assimilado pelas pessoas.
Assim, um bom caminho para enfrentar a crescente
demanda por qualidade nas empresas é preparar e
instrumentalizar
seus
colaboradores
constantemente.
Para ajudar outras pessoas em seus processos
de mudança, é preciso que eu me autoconheça.
Quanto mais eu me conhecer, saber porque ajo e
reajo de certas formas, mais consciente estarei dos
meus limites e potencialidades e cada vez mais
poderei atuar sobre estes limites e potencialidades,
ao invés de ser um mero espectador. Ou vejo a vida
passar ou atuo como um agente de mudanças,
inclusive facilitando aos outros esta mesma
compreensão. Mas isto requer um envolvimento de
minha parte, no sentido de querer fazer a diferença.
E algo interior, íntimo, e está ligado à vontade de
contribuir. Na vida, sempre posso optar entre fazer
ou não fazer a diferença. Isto é consciência. Isto é
o ser humano como diferencial.
Que eu possa, primeiro, produzir em mim
as mudanças que eu desejo que aconteçam nos
outros e na minha empresa. Que o meu nível de