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consciência permita a percepção de meus limites e

de minhas potencialidades nos contextos onde vivo.

Só quando eu me conhecer razoavelmente, poderei

estar preparado para conhecer e aceitar as

potencialidades e limitações dos outros. E só então

interagiremos como pessoas plenas, motivadas por

estímulos totalmente diferentes dos bem conhecidos

por todos nós hoje: medo e pressão.

E preciso haver passado pelos processos de

mudança para sermos capazes de repassar aos outros

nossas experiências. Na pessoa que já as vivenciou,

o discurso não fica só nas palavras. Baseia-se na

ação e por isso mesmo lhe confere credibilidade. Esta

a diferença: é preciso, antes, dizer eu para poder,

com credibilidade, dizer nós e ser um fator humano

capaz de mudar outros fatores humanos.

Facilitar ao outro a consciência de suas

habilidades, a percepção de suas limitações, é servir

de ponte entre o passado e o futuro. E preencher a

figura do ser humano/profissional que gera o

diferencial competitivo.

Hoje, no ritmo alucinado de nosso dia a dia,

com clientes cada vez mais exigentes e demandas

cada vez mais fortes por parte da direção das

empresas (sem esquecer as pressões normais da

família e as necessidades materiais de segurança

para sobrevivência), a tendência é seguirmos a

correnteza. Sem questionamentos.

A ausência da parada necessária para a

reflexão sobre como as mudanças estão nos

afetando, afetando o ambiente onde trabalhamos,

ou mesmo onde vivemos, nos torna apenas meros

observadores passivos, ao invés de participantes

engajados nos processos. Provoca a deficiência do

auto-conhecimento, tira-nos a visão estratégica do

futuro e nos leva à falta do comprometimento e do

envolvimento, atributos indispensáveis para

fazermos a diferença nos ambientes onde vivemos.

Como eu vejo o contexto atual, como eu me

sinto ou me situo em relação a ele e qual o meu

papel frente a esta realidade? Três perguntas

simples, mas com grande poder de despertar o auto-

conhecimento necessário, para ser capaz de tornar-

me um diferencial competitivo e um agente

facilitador de processos de mudanças, descobrindo

e incentivando novas maneiras de resolver

problemas.

Finalizando esta nossa reflexão, trazemos um

trecho retirado do livro Megatrends 2000, de

autoria de John Naisbitt e Patricia Abunderne,

editora Amana-Key, falando sobre a megatendência

intitulada Triunfo do Indivíduo:

"Qualquer pessoa

bem treinada pode ser um gerente. Mas um líder

é um indivíduo que consegue fazer com que as

pessoas o sigam, através de sua conduta ética e

sua habilidade de criar um ambiente no qual o

potencial único de cada indivíduo possa se

realizar".