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A Circuit City Stores Inc., uma rede do setor

de eletrônicos, está criando uma rede de revenda

de carros, a CarMax, de superlojas, também.

Nessas lojas o cliente tem uma seleção grandiosa

de ofertas, as quais podem ser consultadas

diretamente na tela dos computadores colocados

em vários pontos das lojas. Esses computadores

imprimem a foto, o preço e as características do

carro selecionado. Imprimem também a localização

exata do carro, de modo que o consumidor não se

perca entre o estoque de 1000 carros à disposição.

Enquanto o cliente faz um

test-drive,

os

computadores examinam o crédito do comprador

e preparam a papelada para o financiamento.

Enquanto isso, os mecânicos fazem uma correta

avaliação do carro do proprietário. O processo todo

não leva uma hora. Cada carro tem 30 dias de

garantia. Os grandes diferenciais da CarMax são

a variedade (1000 carros contra 200 carros da

concorrência, por loja), a confiabilidade e a rapidez.

Para o consumidor médio sempre foi um trauma

comprar um carro usado.

Entre óticas o destaque fica com a Sunglass

Hut Internacional sediada em Miami, mas com

1600 filiais, nos Estados Unidos, Canadá, Europa

e Austrália. O que a rede oferece? Conveniência,

uma visita só para compras e um preço competitivo.

As lojas são pequenas, muitas delas apenas

quiosques dentro de shoppings, oferecendo cerca

de 1000 diferentes armações. O segredo além do

sortimento e do preço é a especialização associada

à extensa rede de vendas, em aeroportos, shoppings

ou qualquer outro lugar com tráfego suficiente de

pessoas.

Na linha do show montado, bem ao gosto do

consumidor americano, tem-se a Incredible

Universe, metade loja, metade parque temático,

trabalhando com eletrônicos, computadores,

eletrodomésticos. Cada uma de suas gigantescas

lojas tem uma "praça" de demonstração, com

concursos de karaokê,

shows

de

laser,

mais

restaurante e um local para crianças. Um dos

problemas do varejo tradicional é que ele é chato

ou até desagradável. Torná-lo uma atividade

encantadora por certo trará retorno. Como na

Incredible Universe, a Barnes e Noble também

oferece um local com poltronas, para bate-papo,

leitura ou exame dos livros. Com isso, enquanto a

visita média a uma livraria dura meia hora, nas

superlojas da Barnes e Noble a permanência é de

pelo menos três horas, com possibilidade de venda

maior, também.

Além dessas tendências aparece, agora, o

chamado varejo

on-line

ou eletrônico. Quem sai

na frente dessa tendência é a CUC Internacional.

Em 1996 a CUC venderá 10.000 carros, U$ 400

milhões em passagens aéreas, locação de carros e

reservas em hotéis e oferece a seus consumidores

mais de 400 opções em modelos de TV. Mesmo

assim, a CUC não tem um depósito, nem loja, nem

estoque. Tem "somente' um fabuloso

database

de

250.000 produtos. Seus clientes ligam a um de

seus operadores que localiza no cadastro o produto

solicitado. A mercadoria vem direto do fabricante

ao comprador. CUC fixa seus preços quase pelo

custo. Como diz seu executivo chefe Walter A.

Forbes, os ativos da CUC, originalmente chamada

Comp-U-Card, diferentemente da concorrência,

tem seu custo reduzido com o tempo, pois são

constituídos de equipamentos de telecomunicação,

computadores e banco de dados enquanto que os

custos dos ativos dos concorrentes ( edificações,

estoques e instalações) elevam-se.

O que os varejistas brasileiros podem,

apreender com quela realidade?

Receita de bolo da Competividade

Sem dúvida o que acontece com o varejo

americano serve de inspiração aos nossos

empresários. E esses novos modelos de instituições

varejistas chegam às nossas "praias", às vezes, por

iniciativa individual. Outras vezes em operações

bem montadas por franqueadores internacionais e

esquemas de

joint-ventures

ou associações com

empresas nacionais, como é o caso, aliás, do Wal-

Mart com as Lojas Americanas.

Pertencer ao Terceiro Mundo representa, de

certa maneira, uma vantagem no que se refere às

instituições de comércio.Tudo o que acontece e é

experimentado no Primeiro Mundo pode, em tese,

ser conhecido antes de se tentar a mesma

experiência no nosso país, por exemplo.

Porém, como a f i rma o Prof. Richard

Moneygrand da Universidade de Nova Caledonia

e especialista em estudos brasileiros, não é

inteligente transpor de um lugar para outro

instituições ac r ed i t ando que as mesmas