A criatividade humana
salvará o planeta
janeiro
/
fevereiro
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
147
}
Aempresaestá fazendo isso.
Mas, emcontrapartida, estácausando
todos essesdanos.
~
}
Antigamente,qualquerpequenaaçãoera
vista de forma positiva pelo brasileiro.
~
î
DENIS
– Tenho os documentos que
comprovam isso. Você imagina se o
Brasil decidisse financiar uma ONG
quedisputasseumterrenodaMarinha,
uma base daMarinha daNoruega...
Isso resultarianumescândalo interna-
cional.Aquinão.Aquielaéboazinha.
HIRAN
– Independentementedisso,
um bilhão no Fundo Amazônia é
uma coisa boa...
DENIS
– Amanhã, se determina-
das orientações deles não forem
seguidas, esse dinheiro vai secar.
Nesta questão ambiental, o Brasil
não deveria receber orientação de
ninguém. Ele deveria decidir a sua
própria política ambiental.
HIRAN
– Mas é isso que estamos
fazendo.
DENIS
–Não,nomeuentender,não
é o que estamos fazendo.Vejo que
háuma ingerênciagrandedeONGs
egovernos internacionaisqueestão
decidindo no lugar das instituições
brasileiras.OGreenpeace, aAnistia
Internacional, enfim, várias orga-
nizações influenciam diretamente
o governo brasileiro, a mídia, os
Ministérios e terminam também
ditando regras para a FUNAI, o
INCRA. Estou dando exemplos que
tenhodocumentados, nãoéapenas
uma opinião. É coisa comprovada
pordocumentose,portanto, implica
em uma ingerência. A Noruega e
outros países queriam pressionar o
BrasilparavalidaraConvenção169
daOIT (Organização Internacional
doTrabalho), que reconhece as na-
ções indígenas. Segundo o tratado,
anaturezaeos indígenasdevem ser
preservados. Com isso, o exército
brasileironãopoderia entrar nessas
regiões, ou seja, isso é um embrião
de naçãodentro da nação.
HIRAN
– Isso não foi aprovado
assim. As terras são da União e os
índios podemficar lá.
DENIS
– Não, eles estavam se pre-
parando para isso, só pararam gra-
ças às 19 condições impostas pelo
Supremo Tribunal Federal, quando
do julgamento da Raposa Serra do
Sol. O episódio foi um divisor de
águas; o Supremo, na verdade, fez
uma nova política indigenista, que
se contrapõe a tudo o que vinha
sendo feito. Esse era o movimento
quando houve a reação. Se não
houvesse essa reação, amanhã ou
depois teríamos a naçãoGuarani −
outro processo que está em curso,
financiado tambémpelaNoruega e
pela Espanha.
JRWP
–A quem cabe liderar esses
movimentos?
