R E V I S T A D A E S P M –
janeiro
/
fevereiro
de
2010
162
A grande síntese
¸
Mundial e experiencia os batalhões
das novas armas químicas, de me-
tralhadoras que colocavam por terra
todas as possibilidades anteriores das
guerrasde trincheiras.
Tolkienestudaosmitos,asimbologia,
os códigos humanos, vive ao vivo as
lideranças, os poderes e novamente
é artista da vida na Segunda Guerra
Mundial. Enquanto isso, ele escreve.
Ao escrever conclui que os “Frodos
da vida” fazem a diferença e que,
mesmo esses “Frodos”, nas batalhas
decisivas, dependerãodos “Sam’s” (o
criado que nunca tinha ultrapassado
ummetro dos limites da sua aldeia),
osmaispurosdospuros,para fazeras
conexõescomo futuroe tornarem-se
osguardiõesdoscódigosdasvirtudes.
Essavelocidadesófezcrescer.Hojeuma
criança de 10 anos pode ter omundo
em suamão, pormeioda internet.Há
algunsanoselanãoteriaumlivro.Hoje,
uma pequena loja consegue tornar-se
o maior varejo do mundo, e se um
país fosse, ocupariao28
o
lugar noPIB
das nações:Walmart, receita de US$
405.607bilhões.Hojeemmenosanos
ainda, negócios que nunca pensamos
existir atingiram dimensões planetárias
em10anos,comoosGoogle’s,Yahoo’s,
enquanto não prestávamos as devidas
atenções nos microcosmos que os
desenvolviam. E se uns não viam isso,
muitos atentos e desconfiados de que
as micro-ondas poderiam ser ótimos
indícios de grandes ondas para serem
surfadas, davam chances ao acaso,
abrindosuas janelasdeoportunidades.
O “Zé Moleza” fez do seu
site
um
paradeiro imensodeestudantes,profes-
sores e curiosos, para terem suas vidas
“facilitadas”nasdissertaçõesetrabalhos
escolares.O índioAlmir Surui, da tribo
dosSuruis,aotersuaaldeiafocadapelas
câmarasdeumsatéliteaserviçodoGoo-
gle,nasquestõesdoambienteedesmata-
mento,torna-seumapersonalidadecom
maiorpoderdeimpactodoqueomaior
produtordesojadoplaneta.Eambos,o
índioeo“superfarmer”,omicroprodutor
decafédeumpedaçodaBahia, oude
umapontadeumamontanhanoPeru
eamega-redeStarbuck; umgenial for-
necedordemicrocréditoparamulheres
noartesanatodaÍndiaoudoCearáeum
bancodeeliteegrandes fortunassuíço,
todosessesatoreseagentesseenredam
cadavezmaisecriaminterdependência.
A forçada realidadeeomergulhopro-
fundonosmovimentosdosseusátomos
eatrações gravitacionaispermitem tirar
domundorealaspegadasquedecifram
nossos códigos rumo ao futuro. O co-
mérciomundial realédecercade10%
domovimentodiárioevirtual ,damoe-
da:US$1,5trilhões/dia;40milempresas
multinacionais, com 25mil afiliadas,
representamdois terçosdesse intercâm-
bioglobal.O tamanhodoPIBmundial,
o registro oficial da produção real dos
países somaUS$69.490 trilhões. Isso
significaquetudooqueexistedentrodos
sistemasdecontabilidadetradicionaisno
planetaémenor doquedoismesesde
R$20; produçãodo sistemafinanceiro
com seu jogo de alto oumenor risco,
nogiro intensivodamoedapelagloba-
lizaçãoesuasaplicações instantâneas.
Enquanto o “agronegócio” viaja de
navio, numa velocidademédia de 30
km/h,carregandooqueacontabilidade
convencionalregistracomoumtangível
concreto, o seuequivalenteemmoeda
circulamilhares de vezes em tornodo
mundo, criando uma competitividade
irracionalemacrocosmicamentedimen-
sionadaparaosbilhõesdemicroprodu-
tores ruraiseurbanosdomundo.
OqueAllanGreenspannãoviu,areali-
dadecorrigiu.Aquebradebancos, ins-
tituiçõesemegaempresas,asquaisnin-
guémseatreveriaa colocarsobsuspeita,
24horasantesdeos fatos irromperemà
luz.Osdiretoresfinanceirosviraramos
“bodes expiatórios” dapororocadialé-
ticanacrisedos“imóveishipotecados”.
Deverdade,afaltadetemperança,como
uma das virtudes vitais para acionistas
e sistemas de governançaque vençam
o tempo, foi onúcleo responsável pela
contrataçãodeespecialistasnagestãodo
jogodosfluxosfinanceiros.Comoa lei
dosciclos,averdadedialéticaé irrefutá-
vel,quandoabolhaexplodiuaculpaé
jogadanosmágicos que foram contra-
tados para realizarem essas magias, e
nãooutras.Écomosecolocássemosum
“pitbull” para ser a “babá” dos nossos
filhos e nos surpreendêssemos porque
elemordeascrianças!
Fica evidente que a globalização, a
universalização,agestãodainformação
velozeocontrolesobrea“virtualidade”
eseusimpactosna“realidade”precisam
seralvodecódigosdeética,sistemasde
alerta,observaçãoevigilânciapersisten-
tes, leis, sistema de justiça e regras do
jogo,aprimoradoscomavelocidadedas
transformações.Aglobalizaçãotambém
apontaparaointercâmbiodo“informal”.
Esseladodaeconomiainformalnãoestá
nosregistroscontabilizados.Nãoapare-
cenasestatísticasenasreceitasdastaxas
eimpostos.OSebraedivulgouexistirem
cercade10milhõesdemicroempresas
informais no Brasil. Também sabemos
que, nos momentos do desemprego,
parte considerável dessamão de obra
cai na informalidade. Se somarmos as
empresas formais doBrasil aonúmero
de produtores rurais, teremos algo em
tornode11milhõesdeempresários.Ou
seja, a informalidade dobra o número
dosagenteseconômicosnopaís.Dados