janeiro
/
fevereiro
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
79
Porqueuma
certificação?
Entendemosquecadaorganização
está em um estágio de gestão,
desde controles apenas contábeis
até integraçãodediversos sistemas
que tratam da sustentabilidade.
Sistemas de certificação, com sua
abrangência ou limitação, podem
prover uma estrutura operacional
para a verificação se os produtos
sãomanufaturados, processados e
distribuídos de maneira sustentá-
vel independente do estágio que
essas organizações se encontram
ecriam inúmeras vantagens como:
k
PARTICIPAR DE MERCA-
DOSMAIS SELETIVOS;
k
USARDEFINIÇÕESCON-
CISAS E UNIVERSAIS DE
TERMOS;
k
MELHORARCONTINUA-
MENTE SEU DESEMPENHO
SOCIAL EAMBIENTAL;
k
POSSIBILITAR QUE AS
PARTES INTERESSADAS
TENHAM ACESSO ÀS IN-
FORMAÇÕESDEDESEMPE-
NHODAORGANIZAÇÃO;
k
MELHORAR A RELAÇÃO
DASORGANIZAÇÕESCOM
SEUS FORNECEDORES.
VANDANUNES
GerentedeDesenvolvimentodeMer-
cadoeProdutosdoGrupoSGS,maior
organizaçãodomundonocampode
certificações, inspeções everificações.
Algunsmodelos
já adotados inter-
nacionalmente:
FSC
– Criado em 1992, omo-
delo de certificação estabelece
requisitos de sustentabilidade
para os produtos florestais com
10 princípios e 57 critérios. In-
clui avaliação das plantações e
de rastreabilidade da cadeia
de fornecimento de produ-
tos florestais.
ISO 14001
: Criada em 1993, a
norma estabelece requisitos de
um sistemadegestãoambiental
com foconamelhoriacontínua
eprevençãodapoluição.
OHSAS 18001
: Criada por um
Grupo de Certificadoras Inter-
nacionais, a norma estabelece
requisitosparacontroledasaúde
ocupacional e segurança dos
colaboradores com foco na
prevençãoemelhoriacontínua.
SA 8000
– Criada em 1997, a
normaébaseadanaDeclaração
UniversaldosDireitosHumanos
enasConvençõesdaOrganiza-
ção Internacional do Trabalho.
Estabelece requisitos para
atendimento de critérios
comonãoutilizaçãodemão
de obra infantil e forçada,
discriminação, práticas dis-
ciplinares e remuneração,
horário de trabalho, direito
à associação e livre nego-
ciação e saúde e segurança.
GLOBALGAP
– Criada pelos
varejistas europeus para controle
de sua cadeia de fornecimento
deprodutosprimárioscomocafé,
frutas, flores, carnes. Baseada no
atendimento de critérios ambien-
tais,sociaisedesaúdeesegurança.
Além destes exemplos há inú-
meras iniciativas em desenvol-
vimento,principalmentenaárea
agrícola como mesas-redondas
para cultivo de soja, cana-de-
açúcar, óleo de palma, criação
debovinos, entreoutros.
Por fim, a certificação abre um
canal legítimodeharmonização
ecomunicaçãodas expectativas
entre as partes. O desafio se
encontra numa zona bastante
tênuequedivideas expectativas
das diversas partes interessadas
a serem traduzidas em padrões
que constituammecanismos de
diferenciaçãodoselosdacadeia
das empresas que tenhampráti-
cas sustentáveis e daquelas que
não tenhamnada.
Os objetivos dos programas de
certificação não são de criar
barreiras não tarifárias para o
processodeinternacionalização,
mas, sim, de deixar de forma
transparente às comunidades
compradoras que as empresas
estabeleceramecumpremregras
mínimasdeconduta.
ES
PM