Sustentabilidade_Janeiro_2010 - page 70

Construindo
sustentabilidade
¸
com programas de geração de com­
petências. O objetivo é potencializar
a aprendizagem consoante a visão e
missão organizacional. Mesmo assim
ainda existe um longo caminho para
ser percorrido até a sustentabilidade
entrarnocoraçãodosnegócios.Tenho
algumas ilações sobreessademandae
compartilhocomo leitor:
Aassociaçãoentreosinteressesindividu­
aiseocomportamentoorganizacionalé
umprocessodescontínuoquedesabilita
acapacidadedecríticadocidadão;
Omercado ainda não desenvolveu
padrõesde referênciasenemestabele­
ceu normas que impliquem na incor­
poraçãododiálogo, daparticipação e
engajamentocomcadeiadevalor;
A ideia ainda é limitada pela ma­
ximizaçãodo lucroemcurtoprazo;
Faltaoavançonapráticadacoope­
ração ematerialização de soluções
em conjunto;
O interessepúbliconecessita ser com­
preendido e tratado como forma de
expressãocoletivaenãocomo interfe­
rêncianoâmbitoprivado;
Avançar na inflexão da cognição na
dimensão interna das organizações,
abrangendo as questões da ética nos
processoscentraisdeprodução.
Considerando o exposto, a educação,
especialmente desenvolvida nos am­
bientesempresariais, éumaimportante
parceria dos negócios pela dinâmica
da realidade e mobilidade que trata
a sustentabilidade. O “novo” está na
a comunicação assuma a corres­
ponsabilidade para o crescimento
e amadurecimento do pleno po­
tencial organizacional.
Acomunicaçãoauxiliaodesenvolvi­
mentodenovas fronteirasenaobten­
çãodebens culturais. Seupotencial
educativo oferece oportunidade de
controvérsiapara tomadadedecisão
emantémaparticipaçãodocidadão
animada. Tenho me preocupado
com a “participação animada”, no
que se refere à problemática do
aprendizado organizacional, pois
envolve a promoção de agentes so­
ciaisparamobilizaçãodepolíticasde
cooperação que podem significar a
implementação na gestão. Segundo
Paulo Freire, pensar sobre a comu­
nicação somente como medida de
transferência de saber é deixar de
lado a capacidade de significação
dos significados
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, isto é, operar prá­
ticasdeaçãosem inovara realidade,
sem foco para sustentabilidade. A
essemodo chamo de comunicação
sustentável, pois relaciona a capa­
cidade de associar os fenômenos
que se originam no espaço público
com o interesse público (contém o
privado).Nãoéaquelaàqualestamos
acostumados,que tratado ferramental
promocional, mas do arranjo cons­
tante entre as partes interessadas
em conformidade com a natureza
organizacional. Isto é, combina ex­
pectativas e supera conflitos para
validar diretrizes de ação e consoli­
dar o padrão da sociedade em rede.
Trata-se de elevar a comunicação a
uma categoria central comométodo
de educação para a sustentabilidade
mediante o diálogo, a participação
e o engajamento, de forma que
deixe de estar, a sustentabilidade,
dissociada da ação.
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ressignificação de valores, compor­
tamentos e na observância das suas
conexões. Esse é o grande desafio da
Educaçãoparaasustentabilidade.
k
Comunicação
esustentabilidade
Os aspectos da competitividade
robotizaram os indivíduos e fragmen­
taram a comunicação, tornando tudo
mercado. A comunicação entendida
como manifestação da coletividade
sofre adaptações semânticas para
acompanharasdisputasporsegmentos
demercados. Características da alma
humana como emoções, esperança,
sensações da subjetividade como
confiança, cortesia, credibilidade,
integridade, ética, ganham nova rou­
pagemesão (re)nomeadascomoatri­
butos publicitários. O cidadão, agora
consumidor, torna-se um artefato da
produçãoedoconsumo.
Por sorte a história da humanidade
é pendular e a crise econômica
trouxe tambémacrisedapercepção.
Segundo a revista
Valor Setorial
,
a percepção da importância da
comunicação cresceu 59,6% nos
entrevistados que acham que a co­
municação tem funçãoestratégica,e
36,9queachamqueacomunicação
é importante área de apoio. “A área
crescedentrodas empresas, assume
função estratégica e demanda novo
perfil do profissional: o Edu-articu­
lador”
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. Assinala-se atualmente a
polivalência, onde amultifacetação
deatividades,competências,atitudes
econhecimentosconduzemacondi­
çãohumanaaomais alto
status
da
administraçãomoderna. Além de
continuar atendendoaempresano
contexto usual, a tendência é que
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