Julho_2006 - page 16

Gerência
intercultural
18
R e v i s t a d a E S P M –
julho
/
agosto
de
2006
1.
Introdução
Na década de 1990, as empresas
trans e multinacionais em todo
o mundo passaram por grandes
transformações estruturais que
afetaram tanto a sua arquitetura
quanto os seus processos geren-
ciais. As conseqüências destas
transformações foram inúmeras,
tais como a diminuição em quase
50% dos cargos gerenciais em
todo o mundo, a substituição de
carreiras verticais por trajetórias
espiraladas, a organização de
empresasmais horizontalizadas e
oaumentodocontato intra-organi-
zações e entre sociedades. Neste
novo contexto, o contato intercul-
tural, atéentão restritoaos segmentos
mais seniores das organizações e
aos expatriados, “rotinizou-se” e
“desglamourizou-se”.Trabalhareme
com times “multiculturais” e operar
emmercados culturalmentediversos
passoua ser parte integrantedo todo
dia organizacional.
A reboque destas novas realidades,
surgiram questões importantes de ser
trabalhadas,mas cujas respostas são
difíceis de ser obtidas: o que são di­
ferençasculturais, comoelas seapre-
sentamecomopodemosoudevemos
lidarcomelas?Quaissãoos impactos
nos negócios e como estes influen-
ciam as comunidades locais? Como
preparar as pessoas para operarem
em ummundomulticultural e qual
o papel da cultural organizacional
neste cenário? Com o objetivo de
responder a estas questões, e de
preparar times cada vezmais com-
petentes interculturalmente, foram
desenvolvidos variados tipos de
treinamentos para funcionários das
organizações. Estes treinamentos
foram, em grande parte, baseados
nosentendimentosdosignificadoda
culturaedadiferençaemcirculação
no âmbito das organizações desde
décadas anteriores.
É claro que o contato entre cul-
turas e a operação em mercados
culturalmente diferenciados não se
constitui em uma novidade desta
l
G
e
r
ên
ci
a
inter
cultura
/
agosto
de
2 06
1...,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15 17,18,19,20,21,22,23,24,25,26,...136
Powered by FlippingBook