Maio_2009 - page 21

Carlos
Salles
maio
/
junho
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
21
e
î
xiste, nestecomeçodoAno
daGraçade2009, um sen-
timento generalizado de que
jamais se viveu crise tão
aguda como a que se instalou na
segunda metade do ano passado,
engolfando todosospaísesdomundo,
independentemente da suamaior ou
menor relevância econômica. Pior,
ninguém foi aindacapazdeexplicar,
com segurança, o que é afinal esta
crise,quedimensãoeabrangênciaela
tem,comosepodeenfrentá-la,quanto
tempoelapodeduraroucomo seráo
mundoapós estecolossal terremoto.
Não obstante, namídia internacio-
nal, pretensos analistas se sucedem
na construção de avaliações e
previsões quase sempre desprovi-
das do menor sentido, exercícios
irresponsáveis de futurologia. Sem
cerimônia, pintam cenários futuros
caracterizados
pela imprecisão,
promovemumver-
dadeiro desfile de obviedades com
que tentam nos convencer de que
sabem alguma coisa além daquilo
do que já foi dito ou escrito. Esses
mesmos cidadãos, um ano atrás,
como juízes infalíveis, classificavam
e avaliavam empresas e aténações,
dando-lhes notas que, uma vez di-
vulgadas, poderiam transportá-las
aocéuouao inferno.Queempresa,
em especial aquelas listadas nas
grandes Bolsas deValores domun-
do, não temia esses oráculos que,
com uma frase, com um ponto de
interrogação, poderiam decretar a
suabancarrota? E semprequeuma
agênciade riscoestavaparadivulgar
aclassificaçãodeumpaís,osgover-
nantes passavam a noite em claro,
rezandoaDeusTodoPoderosopara
m
U
m
U
n
d
o
s
ó...
utopiaoupossibilidadereal?
}
{
UmSóMundo
|
, uma frase
tãocurtinhae, aomesmo
tempo, tão significativa.
~
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