Nossa agência
Internacional
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R E V I S T A D A E S PM–
M A R Ç O
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A B R I L
D E
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respectivamente Nölck e Quintana
yAsociados. Com a saída da Brah-
ma, em1998, inicialmenteEduardo
Fischer nãopretendiamanter opera-
çõesnaquelespaíses.Entretanto,aca-
bou capitaneando essa experiência
única para uma agência brasileira,
que é quase, essencialmente, fruto
da determinação e do “espírito de
bandeirante” do seuCEO.
Ao perder a Brahma, Eduardo desli-
gou-se da Quintana, a agência par-
ceira naArgentina, e pensou em de-
sistirdaquelemercado.Oparceiroda
Venezuela,NölckFischerAmérica,no
entanto, convenceu Fischer a ficar,
pois manter-se ligado à marca lhe
interessava, como negócio. Tempos
depois, aFischer acabouadquirindo
umaparticipaçãonaNölck.Esteaca-
bousendooembriãoda redeFischer-
América, embora, naquelemomen-
to, ninguém ainda soubesse disso.
AFischer estava focadaemexpansão
sim, porém dentro do Brasil. Entre
1996 e 1999, chegou a fazer aqui-
sições de 12 empresas no mercado
nacional, instalando-seemPortoAle-
gre, Brasília, Salvador, Curitiba e Rio
de Janeiro. A expansão para fora do
Brasil acabou sendo uma conse-
qüência natural. Decidido a não dar
ouvidos, e muito menos, ceder aos
convites – bastante freqüentes – de
vender sua empresa a grupos estran-
geiros, Eduardo Fischer começou a
sentir-seatraídopela idéiademontar
– ele próprio – uma rede interna-
cional,convencidodeque,seoBrasil
tanto atraía os estrangeiros, teria
condições de exportar a qualidade
ímpar de serviços publicitários, da
mesma maneira que exporta outros
produtos e serviços.
A escolha acabou se tornando um
misto de projeto de empresa e pro-
jeto de vida. Coube a Eduardo Fis-
cher ter iniciado, solitariamente,um
movimentoque,historicamente, era
inverso do que vinha acontecendo
no Brasil. Era um grande desafio,
pois não havia como fazer
bench-
marking
.Anão ser por algumas ini-
ciativas isoladas de agências brasi-
leiras que montaram estruturas em
Portugal ou Argentina, sem preten-
são de se tornarem redes de agên-
cias, pois não havia, no país, outros
exemplos com os quais aprender.
Havíamo-nosacostumadoasercaça;
não caçadores.
O que havia para “vender”, inicial-
mente, eraumamarca forte. E, para
iniciar a exportação, a Fischer teve
de investir. Os primeirosmovimen-
tos dependeriam de investimentos
próprios. Para atrair investidores
para o negócio, foi montada uma
holding
, onde prevaleceu a gestão
ADECISÃODE EXPANDIR FOI
BASEADA EXATAMENTE NESTA
PREMISSA:
PORQUENÃO
APROVEITARUM SEGMENTONO
QUAL SOMOSRECONHECIDAMENTE
BONS, PARA EXPORTAR?
FISCHERAMÉRICA COLÔMBIA
FISCHERAMÉRICAMÉXICO
FISCHERAMÉRICA VENEZUELA