Claudia
Penteado
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M A R Ç O
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A B R I L
D E
2 0 0 5 – R E V I S TA DA E SPM
cerca de um ano, entre Eduardo e
doisprofissionais representativosdo
mercado local: o CEO da bem-
sucedida operação da Young &
Rubicam argentina, Cesar Padilla, e
um criativo da BBDO local, Fer-
nando Fernandes, ganhador do
primeiro leão para a Argentina em
Cannes, nos anos 90. Com os dois
profissionais, foi montada a ope-
ração – inteiramentenova, embora,
inicialmente, pequena.
“O processo foi lento, mas com a
competência e a qualidade profis-
sional de cada um deles, mais “a
aculturização” que tiveram, a força
da nossa marca, a respeitabilidade
que nosso
delivery
foi obtendo,
poucoapouco fomos crescendono
mercado”, conta Eduardo.
Coincidentemente, a nova agência
foi abertaexatamentena semanade
grande crisepolítica (daArgentina),
coma saídadeFernandoDeLaRua,
a baderna nas ruas e Buenos Aires
tomada pelo caos.
Em julhode2003, aFischerAmérica
ingressou naCosta Rica inauguran-
do um formato novo de negócio: a
franquiadesuamarca,como recebi-
mento de
royalties
pelo seu uso.
Eduardo Fischer convenceu-se de
que nãoprecisava ter agências pró-
prias em todos os mercados e que,
em alguns deles, mesmo, não seria
necessáriaoperaçãoalguma; amar-
ca Fischer tornava-se desejada na
América Latina, e havia gente dis-
posta a pagar por ela. Assim foram
fechados acordos de
royalties
tam-
bém naGuatemala e emHonduras
e El Salvador.
NoChileenoUruguai, Eduardoop-
tou por estabelecer acordos opera-
cionais, comas agênciasWZPubli-
cidade com aNueve&Associados,
respectivamente. Esses acordos,
estão a caminhode transformarem-
se no já bem-sucedido sistema de
franchise
da marca – que, de ime-
diato, não gera grandes dividendos,
mas é conveniente, para ambos os
lados.Nãohá trocadeações,apenas
trocade
know-how
.
A agência daVenezuela, hoje, co-
ordenaaexpansãonaAméricaCen-
tral. E a Argentina avalia oportuni-
dades de expandir a rede na Amé-
rica do Sul. Isso proporciona, ao
“capitão” Eduardo Fischer, tempo
para respirar e cuidar de seu
head-
quarter
, oBrasil.
“Lembro-medequando fui sócioda
Y&R, há 28 anos, e a preocupação
maior deles sempre era comNYC.
O coração da empresa tem que ter
um foco,por isso tenhoestado, ago-
ra, muitomais noBrasil. Nossa pri-
meira fasedaexpansãoestápronta.”
Ainda há oportunidades – e novos
paísesaconquistar,masEduardoes-
tá cauteloso. Amarca FischerAmé-
rica já tem prestígio suficiente para
que se pense na entrada em países
comoEspanhaePortugal.Há, inclu-
sive, algumacuriosidadeda impren-
saespecializadadessespaísespelos
passosdeEduardoFischernapenín-
FISCHERAMÉRICA: SÃOPAULO, CURITIBA, RIODE JANEIRO, PORTOALEGRE EBRASÍLIA