Luiz
Gushiken
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M A R Ç O
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A B R I L
D E
2 0 0 5 – R E V I S TA DA E SPM
passado, convocamos os maiores
exportadores brasileiros e eles con-
cordaram que essa é a marca para
ser levada lá fora.
Oprimeirograndeavanço–dopon-
to de vista da comunicação – para
promover nossa auto-estima para o
mundoé tentardifundir essamarca.
Começa, commuita força, na Fran-
ça. A França tem um programa em
que, todoano,destacaumpaís; esse
anoseráoBrasil,eamarcaserábem
difundida, pormuitas empresas pri-
vadas–queestarão lá, fazendo suas
demonstrações. Com o tempo, isso
podeestar nacabeçademilhõesde
pessoas pelomundo afora emelhor
identificar o nosso país, nesse jogo
de cores.
CAMPANHA
DA AUTO-ESTIMA
É importanteperceberqueacampa-
nha da auto-estima nasceu a partir
deváriasatividades, aparentemente
separadas do conceito.Mas que na
verdade não estão. A comunicação
deve estar sempre integrada, como
qualquer atividade do governo.
CAMPANHA
DOCRESCIMENTO
Esta campanha está vinculada à
idéiadequeoBrasil tem futuro. Em
dezembro do ano retrasado, o
“clima” era bastante eufórico – em
particular entreos empresários.Ha-
via otimismo: o Brasil vai crescer.
Depois, veio um ano difícil, em es-
pecialparaogovernoquando fomos
obrigadosa fazerajustespesadosna
economiae,de fato,puxandoo frei-
o. A economia encontrou dificul-
dadesparacrescer.Porvárias razões,
entredezembroemarço, começou-
se a difundir o sentimentode que o
Brasilnão iacrescer.Ora, se isso faz
a cabeça dos agentes econômicos,
oBrasil podenãocrescermesmo.A
vitalidadedaeconomiadependede
muitos fatores, mas, em particular,
dos agentes econômicos, eeles não
devem achar que o Brasil não vai
crescer.O investidor não investe, se
pensaquenãovai conseguir vender
suamercadoria.Masos indicadores
que tínhamos sobre áreas deponta,
as que alavancam a economia – si-
derurgia,papel epapelão–eram to-
dos positivos. Eu discutia com o
Palocci: Palocci, alguma coisa está
errada; aeconomiavai crescer, por-
que as encomendas, nessas áreas,
indicam vitalidade, mas o estado
Precisávamos de uma idéia forte que contivesse
o que o presidente pediu. Com um pouco de sorte
encontramos uma frase do escritor Câmara Cascudo,
do Rio Grande doNorte, que diz: “Omelhor produto
do Brasil é o brasileiro”. Retiramos a palavra produto
e ficou: “Omelhor do Brasil é o brasileiro”.
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Eu discutia com o Palocci: Palocci, alguma coisa está errada; a
economia vai crescer, porque as encomendas, nessas áreas, indicam
vitalidade,mas o estado psicossocial não estava em sintonia com
essa realidade. Precisávamos inverter isso. Mas como?
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