Caio A.
Domingues
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S E T EMB RO
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OU T UBRO
DE
2005 –REV I STA DA ESPM
Lettera32decor vermelha, epouco
depois jácomeçavameu trabalhode
relator–melhordizendo,de redator,
queéo trágicodestinodos relatores.
Trabalhei todo o dia de sábado e
consegui concluir a tarefa aí pelas
onze da noite de domingo. Meu
amigo e vizinho Dionísio Poli, que
moravadefronte,comentoucomigo,
dias depois, queouvirao tec-tec-tec
deminha portátil,madrugada aden-
tro... Era verdade: eu trabalhara,
ininterruptamente, por cerca de 26
horas,masmesentiaprofundamente
aliviado: o trabalho estava pronto,
melhor dizendo, quase pronto, pois
a tarefa de passá-lo a limpo, que
coube à minha eficiente secretária
Egle Machado Cunha, ainda de-
mandouvários dias.
Iniciou-se, então, uma nova etapa:
a apresentação e discussão do
trabalho aos companheirosGilberto
de Camargo Barros (ABA) e Luiz
CelsodePiratininga (APP).Nãoépor
vaidade, porém tudo isso faz hoje
parte da história do Código e desse
extraordinárioesforçodas lideranças
publicitárias no sentido de prover a
atividade de um instrumento de
autodisciplina – “o caminho do
meio”, como tão bem qualificou
Mauro Salles em seu relatório inicial
ao presidente da Comissão Inter-
associativa.Caminhodomeioporque,
ainda como afirmou Mauro Salles,
“mostracrescentesvantagenssobreos
sistemas utópicos da liberdade total
oudo total controle governamental”.
Vale ainda citar aqui este trecho do
relatório demeu ilustre conterrâneo,
o qual incorporei ao meu próprio
relatório, encaminhado a Geraldo
Alonsoem30-3-78:
“
É importante salientar que foi junto
às próprias autoridades do governo
que as lideranças publicitárias
encontraramomaiorapoioao traba-
lho que estamos realizando. Estas
manifestações, algumas delas feitas
de público, demonstraramum ama-
durecimento das autoridades brasi-
leiras para oproblema.
Nos últimos anos, ministros do Tra-
balho,daFazenda,doPlanejamento,
OapoiodopresidenteGeisel,dequempartiraaautorização
paraqueodiscursodeaberturado II EncontroBrasileirode
Mídia fosse feitoemnomedogoverno.
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