julho/agostode2013|
RevistadaESPM
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As empresasprecisam
ouvirmaisos jovens
Por Arnaldo Comin
Foto: Natalia Osis
F
uncionários que dedicam toda sua vida a uma só empresa estão se
tornando raridade no mundo corporativo. Na maioria dos casos,
pela mútua falta de compromisso. A companhia valoriza pouco as
“pratas da casa”, e os colaboradores, por sua vez, não querem esperar
mais que dois ou três anos para ter a sua chance. No Bradesco, as coisas não
funcionam bem assim. Desde a sua fundação, o banco aposta nos profissio-
nais que vêm de baixo, começam a sua carreira ali e, se tudo correr bem, per-
manecem na equipe até a aposentadoria.
Há 36 anos no Bradesco, o diretor-executivo André Rodrigues Cano sintetiza
essa cultura de carreira que permeia uma das maiores instituições financeiras
do Brasil. Começou fazendo manutenção de computadores, foi para a área de en-
genharia, passou pela financeira do grupo, atuou no departamento de processos,
até chegar a um dos postos mais relevantes de comando da organização. De acor-
do com ele, criar uma cultura própria tão forte exige tempo e persistência. Mas,
sobretudo, capacidade de formação, ainda mais em um setor que dispõe de pouca
formação acadêmica tradicional capaz de atender às necessidades diárias da
companhia. Afinal, ainda não inventaram cursos para quemquer ser bancário.
Face a essa demanda, o Bradesco possui longa tradição em treinamento e capa-
citação de seus funcionários, umesforço que consome investimentos da ordemde
R$ 130 milhões anuais e inclui parcerias com as mais prestigiadas universidades
e escolas de negócios do país. Neste ano, a companhia deu um passo além com o
lançamento da Universidade Corporativa do Bradesco, a UniBrad, que pretende
ampliar ainda mais a formação continuada dos funcionários. Confira, a seguir, os
melhores trechos desta entrevista à
Revista da ESPM
, que contou também com a
participação da diretora de recursos humanos do banco, Glaucimar Peticov.
