Revista ESPM - jul-ago - Revolução Silenciosa - educação executiva como vantagem estratégica das empresas - page 90

Currículo internacional
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Revista da ESPM
| julho/agostode 2013
A
experiência de morar fora de seu país para
conquistar umdiploma, seja ele de gradua-
çãooupós-graduação, instiga cada vezmais
estudantes. Adiversidade cultural, o apren-
dizadodeumnovo idioma, aoportunidadededesenvolver
oespíritoempreendedor e incluiruma instituição interna-
cional no currículo são características bem-vindas para
qualquer profissional.
Se, por umlado, as vantagens de estudar no exterior do
ponto de vista pessoal e do crescimento profissional são
consenso, por outro, os altos custos da viageme o fato de
ficar afastado domercado brasileiro por umperíodo são
desafios a seremconsiderados.
Para os brasileiros que desejam estudar fora, as pers-
pectivas no país e no mundo são positivas. Ao longo das
últimas três décadas, o número de alunos matriculados
foradoseupaísdecidadaniaaumentoumaisdoquecinco
vezes emtodoomundo. Subiude0,8milhãoem1975para
4,1 milhões em 2010, segundo o relatório Education at a
Glance de 2012, realizado pela Organização para a Coo-
peração e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
NoBrasil, os índices tambémmostramqueumnúmero
cada vez maior de brasileiros segue na mesma direção:
o exterior. Nos últimos dez anos, o crescimento de bra-
sileiros estudando fora foi de 414%, segundo a Brazilian
Educational & Language Travel Association (Belta). Só
em 2012, 175 mil brasileiros se tornaram intercambis-
tas e foram estudar em outro país.
Éummomentode transformação. Apesar de estarmos
muito atrás de nações como Índia e China no envio de
estudantes para outro país, atualmente há, por exemplo,
9.029 brasileiros estudando nos Estados Unidos, 46,7%
em cursos de graduação e outros 32,7% em pós-gradua-
ção, conformemostra o Institute of Internacional Educa-
tion (IEE). Esse número representa umaumento de 2,9%
em relação ao ano anterior, de 2010/2011, que registrou
8.777 alunos do Brasil nos Estados Unidos.
Soma-seaessequadropositivoaatençãoqueogoverno
brasileiroestádandoàcausa.Lançadoem2011,oprograma
CiênciasemFronteiras, promovidoemumaaçãoconjunta
comoMinistériodaCiência,TecnologiaeInovaçãoeoMinis-
tério da Educação, é a iniciativa brasileira mais concreta
de consolidar a internacionalização e investir emciência
e tecnologia, pormeiodaeducação. Até2015, ogoverno irá
investirR$3,2bilhõesparamanterosestudantesbrasileiros
noexterior. Gastoscomopassagens, alimentaçãoehospe-
dagemsão cobertos peloprograma.
A iniciativa prevê ainda a oferta de 101 mil bolsas de
estudonospróximos três anos, sendo75mil bolsasfinan-
ciadaspelogoverno federal e26mil pela iniciativaprivada.
Ofocosãoascarreirasdeexatas, biomédicas, tecnológicas
edaáreadeenergia,emcursoscomoengenharia,química,
física, computação, tecnologia da informação, medicina,
biotecnologia e desenho industrial, entre outros.
Em conjunto com as ações do governo, o Brasil teve
outras vitórias neste ano. Onúmero de estudantes apro-
vados em cursos de graduação foi recorde em duas das
mais importantes universidades do mundo: Harvard,
com seis brasileiros aprovados; e Instituto de Tecnolo-
gia de Massachussets (MIT), com quatro estudantes do
Brasil aprovados.
O número de brasileiros que se candidataram para
cursos de pós-graduação nos Estados Unidos também
cresceu. Segundo pesquisa doCouncil of Graduate Scho-
ols com276 escolas, o índice aumentou 24%em2013, um
avanço bemmaior do que os 9% registrados em 2012. O
Brasil é o país da América do Sul que mais manda estu-
dantes desse nível para instituições americanas.
Portal Estudar Fora, lançado pela Fundação Estudar,
para orientar e incentivar os brasileiros a buscar novas
experiência de estudos no exterior
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