Comércio exterior
Revista da ESPM
|maio/junhode 2013
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primários), mais bem-sucedido é o setor econômico
em suas exportações — ou seja, mais competitivos são
os produtos daquele setor. É o caso do setor de equipa-
mentos de transporte (setor automotivo), cujos produtos
chegam a ter um conteúdo estrangeiro de até 14% e
correspondem a 8% da pauta exportadora de manufatu-
rados do Brasil. Cenário inverso é apresentado para os
produtos básicos advindos da agricultura e mineração,
cujo conteúdo estrangeiro é dos mais baixos (6% e 8%,
respectivamente), mas a competitividade é a maior de
nossa pauta exportadora, como demonstra o índice de
participação setorial por origem de valor agregado nas
exportações brasileiras (
ver gráfico na página seguinte
).
O alto conteúdo nacional das exportações brasileiras
reflete, de um lado, o quanto a produção não está integrada
comas cadeias globais de valor, assim como o alto grau de
especialização em produtos de base, característicos das
etapas iniciais das cadeias de abastecimento.
No tocante ao setor de serviços, o Brasil não foge às
tendências internacionais: os setores commaior compe-
titividade, sejam eles primários ou de manufaturas, ten-
dema ter alto conteúdo de serviços emsuas exportações.
São notórios no Brasil os casos de produtos alimentícios,
veículos e produtosminerais com taxas acima de 35%. De
Balanças comerciais tradicionais x balanças
comerciais de valor agregado
(US$ milhões/2009)
Fonte:
OECD-WTO TiVA
China
Japão
Resto do
mundo
Argentina
França
Alemanha
Reino Unido
Itália
EUA
Índia
México
0
-3000
1000
-2000
-4000
2000
-1000
Posição
País Valor agregado estrangeiro
(2009, % das Exp. Brutas)
1
o
Luxemburgo
60,6%
2
o
Eslováquia
44,9%
3
o
Hungria
40,8%
4
o
Irlanda
40,4%
5
o
Coreia do Sul
39,6%
38
o
Estados Unidos
11,4%
39
o
Brasil
8,6%
40
o
Rússia
7,2%
Fonte:
OCDE-WTO TiVA, 2013
Valoragregado
estrangeiroem2009
Aumentaralíquotasde importaçãode
insumos vai nacontramãoda tendência
mundial.Cadavezmais, ocomércio se
transformanavendadepartes epeças