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alguns bancos brasileiros nos maiores e mais

ricos do mundo, também ocorreu discretamente.

Ao me smo t empo, a menor suspe i ta de

irregularidade praticada por um único membro

de qualquer partido considerado oposicionista,

em relação aos detentores do poder, rende

páginas e horas de denúncias, as mais dramáticas

e alarmantes.

Considerações finais.

A extinção da Voz do Brasil ou, pelo menos,

a revogação de sua obrigatoriedade, dificilmente

resultaria em melhor qualidade das programações

de rádio. Em alguns casos, ao contrário, estaríamos

assistindo a uma espécie de "privatização da

mediocridade". Tampouco haveria qualquer espécie

de democratização dos meios informativos que,

como dissemos, estão sob controle dos segmentos

economicamente dominantes. Mencionamos a

existência de técnicas de manipulação ideológica

através das quais se procura generalizar ou

transferir interesses particulares específicos. E

exatamente o caso do assunto em pauta. Atacam a

Voz do Brasil, ou a defendem, a pretexto de atender

os mais legítimos anseios dos cidadãos brasileiros.

A verdade é que se estabeleceu um confronto entre

dois grupos bem definidos e facilmente localizáveis.

De um lado se encontram políticos, do Legislativo

em especial, que querem preservar o acesso gratuito

que têm a uma rede noticiosa nacional, em horário

exclusivo, que lhes permite promover suas

propostas eleitorais. A oposição fica por conta das

emissoras de rádio, muitas em situação de grave

crise financeira, que desejam conquistar uma hora

da programação noturna, em horário nobre, tempo

pelo qual a propaganda comercial pagaria uma

soma respeitável.

Qual o papel que os demais membros da

sociedade civil deveriam assumir perante o conflito?

Nenhum. Talvez distrair-se assistindo. Mobilizar-

se é fundamental, mas empunhando bandeiras mais

legítimas: educação, saúde, segurança, liberdade

de opinião efetiva. O mais importante é que todas

essas questões estão às vésperas de se tornarem

insignificantes. Os modelos de comunicação e

informação que conhecíamos estão se esvaindo

rapidamente. As mudanças são cada vez mais

velozes e profundas. Ao lado da sofisticação

tecnológica das Tvs a cabo e das redes mundiais

de informática, crescem as

media

alternativas e as

transmissões clandestinas. A censura, econômica

ou política, começa a se tornar inviável. Já se pode

assistir a imagens eróticas e pornográficas oriundas

de todo o mundo, através de um simples

computador. Com alguma paciência, pode-se ter

acesso a uma

homepage,

na Internet, cujo

site:

http://cali.cartel.org,

é sugestivo por si.

E a Voz do Brasil? Talvez Getúlio

respondesse: "Ora, a Voz do Brasil".